ANO LXV - Domingo, 16 de setembro de 2007 - Nº 3229
Não há árbitro. (Jó 9: 33)
É comum confundir juiz e árbitro. Nas competições esportivas aqueles responsáveis por verificar a aplicação das regras eram erroneamente chamado de juiz. Na verdade, ele é um árbitro (o que acertadamente tem sido ensinado) e está na condição de mediador entre duas partes, a fim de estabelecer o que seja correto e justo à luz das normas e regras daquele esporte.
Estando Jó debaixo de situação calamitosa para si, com sua família morta, seus bens todos perdidos e a saúde em situação de desgraça com a pele coberta de chagas purulentas, tornando-o repulsivo e detestável aos olhos das pessoas que o viam assim; lamenta não haver árbitro entre ele e Deus, que possa ter a mão estendida sobre ambos. Jó conhecia o Senhor apenas de ouvir e mantinha rituais de culto e purificação, mas seu conhecimento de Deus não era pessoal e vivencial, Deus estava distante, longe, separado.
Este lamento legítimo de Jó esteve presente por longos séculos na experiência humana. Mesmo quando havia sacerdotes humanos instituídos por Deus, estes não podiam ter suas mãos "postas sobre nós ambos". Eles eram limitados e apenas homens. O lamento continuava verdadeiro e aflitivo.
No entanto, Deus em Sua graça nos abençoa e resolve este problema mudando tal quadro de forma radical. Jesus, Seu único Filho, vem ao mundo para ser aquele que é o mediador ou árbitro e que tem "a mão sobre nós ambos". De fato, Jesus tem uma das mãos sobre o nosso ombro e a outra no "ombro" de Deus, estabelecendo este vínculo, determinando esta relação e fazendo esta ponte com sua mediação. Jesus é o único que está entre Deus e nós e nos torna unidos e reconciliados. O apóstolo Paulo nos fala sobre isto ao ensinar: "há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (I Timóteo 2: 5). Assim, alegremo-nos e regozijemo-nos pois hoje temos Jesus que mantém Sua mão colocada no coração de Deus e, ao mesmo tempo, a mantém posta sobre nós, para consolar-nos, amparar-nos e dar-nos a salvação e a vida eterna. Bendito seja o Senhor por este nosso mediador. Deus nos abençoe.
Rev. Paulo Audebert Delage
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