ANO LV - Domingo, 3 de agosto de 1997 - No 2701
FILHOS DE BELIAL
O capítulo 2 do primeiro livro de Samuel começa com o registro de um cântico, o cântico de Ana. Um cântico de regozijo e gratidão; cântico de fé e submissão. E num chocante contraste, a segunda parte deste capítulo registra a seguinte declaração: "Eram, porém, os filhos de Eli, filhos de Belial, e não se importavam com o Senhor". O texto revela em que consistia a iniqüidade desses jovens sacerdotes.
Exercer o sacerdócio em Israel era tanto um privilégio quanto uma grande responsabilidade. Os sacerdotes gozavam do respeito e consideração do povo de Deus. Suas decisões eram acatadas e sua palavra era ouvida como "palavra do Senhor". Ninguém, pois, ousava questionar a palavra de um sacerdote. Contudo, Hofni e Finéias são chamados "filhos de Belial"! Mas o que é ou quem é Belial? Esta é uma expressão transliterada do hebraico e que significa perversão ou perversidade. Belial é, pois, a personificação do mal. Há muitos filhos de Belial por aí corrompendo a verdade e profanando o sagrado.
Foi publicado há poucos dias um texto do 9° Encontro Inter-eclesial das CEBs da Igreja Católica Romana. Um dos trechos desse documento, coloca Jesus Cristo visitando um terreiro de candomblé. Na visita descrita por um sacerdote católico, Jesus espera na fila para ser atendido por uma mãe-de-santo, aceita a sua filiação chamando-a carinhosamente de mãe, declara que o terreiro é parte do Reino de Deus, admite ter um bom orixá e entra na dança para chamá-lo.
O que se pretende com tal documento? Uma confissão de fé? Um esforço para fortalecer o sincretismo religioso? Uma estratégia para conquistar o apoio dos adeptos das religiões afro-brasileiras com a finalidade de fazer frenteao crescimento da igreja evangélica? Não sei. Sei apenas que é a palavra de um sacerdote que, com essa espúria e abominável parábola, tenta perverter uma das doutrinas basilares do cristianismo - a doutrina da divindade de Cristo.
Felizmente a sandice dos filhos de Belial jamais confundirá aqueles que têm em Jesus Cristo o seu Senhor e Salvador, único e suficiente, sem mistura, sem concessões, sem conluios, sem falsa popularidade, sem fingimento. Maranata!
Rev. Eudes
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