ANO LIV - Domingo, 9 de março de 1997 - No 2680
MÉRITO E RECOMPENSA
A visão humana de mérito e recompensa é muito míope e por isto mesmo distorcida.
No capítulo 20 do Evangelho de Mateus está registrada uma parábola contada pelo Mestre dos mestres, que tem sido motivo de controvérsias e questionamento. É a parábola dos trabalhadores. em resumo, o proprietário de uma fazenda contratou mão-de-obra em horários diferentes para a colheita de uvas. Ao final do dia pagou aos que trabalharam uma fração da jornada de trabalho o mesmo valor acertado para uma jornada completa.
Se o proprietário tivesse dado aos primeiros trabalhadores o salário combinado e tivesse dividido esse valor pelo número de horas trabalhadas e pago aos demais proporcionalmente, é bem possível que não houvesse conflito patrão/empregado ou reclamação trabalhista. Mas o enfoque da parábola não é mérito e recompensa.
Não temos o direito de desconfiar de alguém que satisfazendo a justiça estabelecida por códigos e leis, foi além em sua generosidade pessoal. O verdadeiro enfoque da parábola está na frase "EU QUERO DAR..." (v. 14). A generosidade que excede os acordos e medidas humanos!
E diante da generosidade de Deus as idéias humanas de mérito e recompensa são pobres e irrelevantes. A graça de Deus não conhece limites!
Convidando até o final da tarde trabalhadores que estavam desocupados, e pagando a todos o salário integral e combinado, o senhor da vinha deu provas de uma bondade que ultrapassa os limites da justiça social. Assim vem agindo o Deus santo e verdadeiro, revelado em Cristo Jesus, quando admite no Seu reino os que chegam tarde (no final da existência terrena) e ainda os recompensa com a vida eterna.
Não importa, pois, a sua idade. Jesus aceita você. Se você é jovem e pode trabalhar muito para o Reino de Cristo, ótimo. Consagre a sua energia e o seu talento. Se você está desgastado pela vida, não importa. Não se sinta desprezado, Jesus junta os caquinhos e prepara você para a vida eterna. Ainda é tempo. Aceite o convite de Jesus. Onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus!
Rev. Eudes
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