ANO LX - Domingo, 11 de agosto de 2002 - No 2963
1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002
UMA VIDA ADMIRÁVEL
Na comemoração dos 143 anos
de Presbiterianismo no Brasil.
Embora conhecesse a Palavra de Deus e tivesse sido consagrado ao Senhor desde a mais tenra infância, Ashbel Green Simonton somente fez sua pública profissão de fé aos 22 anos. Seu pai era médico e político de prestígio em sua cidade no Estado da Pensilvânia. Sua mãe, uma jovem e prendada filha de pastor. Seu pai faleceu quando ele tinha apenas treze anos de idade, deixando aos cuidados da mãe nove filhos, dos quais Simonton era o caçula. Jovem, abandonou seu curso de Direito para fazer Teologia no Seminário de Princeton (1855-1858). Conhecia latim, grego, hebraico, árabe, alemão e aprendeu português ao vir para o Brasil. Chegou aqui solteiro, em 12 de agosto de 1859, como missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Casou - se em março de 1863, ganhou uma filha e perdeu a esposa em julho do ano seguinte. Ela foi sepultada no Cemitério da Gamboa, no Rio de Janeiro. Em 1867, vítima da febre amarela que assolava o país, Simonton faleceu em São Paulo, sendo o seu corpo sepultado no Cemitério dos Protestantes.
Descontando o período de um ano e quatro meses passados em sua terra natal (março de 1862 a julho de 1863), Simonton viveu apenas sete anos no Brasil. Nesse curto período de tempo, fundou a primeira Igreja Presbiteriana (1862), o primeiro jornal evangélico publicado no país (1864), o primeiro Presbitério (1865) e o primeiro Seminário Teológico (1867). Ao longo do seu curto
ministério, numa época em que ser protestante era ser estigmatizado como herege, recebeu 70 pessoas à comunhão da Igreja e ordenou ao sagrado ministério o primeiro pastor brasileiro, o ex-padre Rev. José Manoel da Conceição.
Em plena Baía da Guanabara, após cinqüenta e cinco dias de viagem no Banshee, um navio mercante, Simonton registrou em seu diário: "Já me desfiz da indumentária marítima; dei-a ao camareiro, que me prestou bons serviços na viagem. Estou pronto para o desembarque". De fato, ele se desfez muito mais do que a sua roupa de viagem. Ele se desfez do conforto e segurança do seu lar materno para se gastar e deixar-se gastar na espinhosa e gloriosa missão que abraçou: anunciar ao povo brasileiro que Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador!
Compilado pelo Rev. Eudes.
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