ANO LX - Domingo, 23 de junho de 2002 - No 2956
1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002
UNIDADE NA DIVERSIDADE
De todas as figuras de retórica que tentam expressar ou definir Igreja, para mim a mais nítida e mais significativa é a de que a Igreja é corpo. E é nesta configuração de corpo que a Igreja manifesta a verdadeira unidade na diversidade. Veja o que Paulo diz em I Coríntios 12.12-27.
Li um artigo em que o articulista dizia, com certa propriedade, que muitas igrejas não passam de uma "sacola de membros". E ele explicava: "Vemos ali mãos, braços, pernas, olhos, orelhas, etc., mas tudo desconectado, tudo desarticulado".
Como ser corpo e não um mero amontoado de membros? Só há uma maneira, pela interdependência dos membros sob o estímulo, orientação e comando da cabeça. A interdependência se revela na utilidade de cada membro da Igreja a serviço, não de si mesmo, mas do corpo como um todo. Um corpo saudável não tem membros inúteis. E no "corpo de Cristo" há uma função para cada membro. Em outras palavras, quem está visceralmente ligado à Igreja não tem desculpa para o ócio ou para a falsa modéstia. O membro que se isola, se atrofia e morre.
E a cabeça da Igreja, queridos, a cabeça da Igreja não é Paulo, nem é Apolo; não é o pastor, nem é o conselho de presbíteros; a cabeça da Igreja - de onde vem o estímulo necessário, a orientação correta e o comando supremo é Cristo, e somente Cristo.
Graças a Deus a igreja presbiteriana é, por formação, uma igreja cristocêntrica. Cristocêntrica em sua doutrina, cristocêntrica em seus símbolos de fé, cristocêntrica em sua prática eclesial.
A unidade do "corpo de Cristo" não é, pois, uma questão opcional ou um alvo utópico. É uma necessidade vital e, mais do que isto, é a real intenção do Senhor Jesus para a Sua Igreja. Você, meu irmão, minha irmã, você é importante para o Senhor Jesus e você tem uma função para desempenhar no "corpo de Cristo". Não abra mão do seu privilégio, nem fuja da sua obrigação.
Rev. Eudes
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