ANO LIX - Domingo, 24 de março de 2002 - No 2943
COLUNA E BALUARTE DA VERDADE
A Igreja foi escolhida soberana e livremente pelo Pai desde a eternidade. Foi remida pelo sangue de Cristo e selada pelo Espírito Santo. A Igreja é o corpo de Cristo em ação na terra, é o santuário da habitação de Deus, a noiva do Cordeiro, a coluna e baluarte da verdade. A Igreja deve ser depositária e portadora da verdade. Fora da verdade não há evangelho para pregar, não há salvação para receber, nem esperança que sirva de âncora para a alma.
Vemos hoje, com pesar, a realidade de uma geração pós-cristã na América do Norte e na Europa e o florescimento de um misticismo acentuado na América Latina. Um grupo foge, pelo secularismo, da verdade revelada, e o outro, pelo experiencialismo. Ambos relativizam as Escrituras: um esvaziando o seu conteúdo por uma interpretação racionalista e liberal; o outro, por buscar nela sustentação para as suas práticas. Na América do Norte e na Europa muitas igrejas estão vazias, trôpegas e mortas. Existem grandes templos, suntuosas catedrais, ricas propriedades, uma colossal estrutura, mas sem vida, sem poder, sem autoridade para viver e pregar. Isso, porque abandonaram a fidelidade às Escrituras. Bandearam para o liberalismo teológico. Suprimiram a pregação evangélica. Deram pedra em vez de pão ao povo para comer. Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde a sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. Onde o liberalismo teológico chega, a igreja morre. Este é um aviso solene que deve sempre trombetear em nossos ouvidos. Mas esse não é o único perigo. No Brasil, temos visto a pregação de um semi-evangelho, impregnado de práticas condenáveis pelas Escrituras, induzindo os incautos a um misticismo semipagão. O Evangelho tornou-se mercadoria e a Igreja um balcão de negócio. A mensagem passou a ser para atender o gosto e a preferência da freguesia, fruto da pesquisa do mercado de consumo. A Igreja capitulou-se ao pragmatismo moderno. Hoje, para muitos segmentos religiosos, o que interessa não é a verdade, mas o que funciona. Não estão preocupados com o que é certo, mas com o que dá certo.
É imperativo que neste tempo de confusão, apostasia e desequilíbrio a Igreja de Deus se levante como coluna e baluarte da verdade. A doutrina bíblica é inegociável. Não podemos transigir com os absolutos de Deus.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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