ANO LX - Domingo, 21 de julho de 2002 - No 2960
1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002
O CORAÇÃO E NÃO AS VESTES
Com o vigor de Amós e a eloqüência de Isaías, o profeta Joel surge em Jerusalém para declarar que a invasão dos gafanhotos era apenas uma figura da visitação de Deus em Sua santa ira e julgamento. Convoca, então, o povo para um ato nacional de reconsagração de vida ao Senhor e desafia os líderes religiosos para darem o exemplo.
Como conseqüência desse despertar de consciência e mudança de atitudes, ele profetiza o retorno do favor divino, trazendo prosperidade à terra e removendo os inimigos do povo de Deus. Fala, então, do derramamento do Espírito Santo, do qual Pedro, no dia de Pentecostes, declara o seu cumprimento (At 2.16).
Ao convidar o povo ao arrependimento, Joel lança - em nome de Deus - mais do que uma simples censura às cerimônias religiosas vazias.
Realmente há muitas cousas boas, necessárias e úteis, que podem tornar-se vazias e sem proveito. A leitura da Bíblia, orações e jejuns, a freqüência aos cultos, são algumas entre outras atividades que merecem a nossa atenção e devoção. Contudo, não provam santidade, visto que um degenerado qualquer pode pratica-las na aparência. A ausência de um coração transformado deixa-as vazias de sentido, e inúteis.
Citando Ralph Browning, "as vestimentas da religião num homem santificado são como as vestes de Cristo em Seu corpo santo. Porém unidas a um coração profano, são como as vestes de Cristo num Judas Iscariotes ou nos sacerdotes que insuflaram a multidão".
Como as vestes são para o corpo, assim as cerimônias para a religião. Em um corpo vivo, as vestes preservam o calor natural. Num cadáver elas não lhe darão calor nem vida.
"Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus". (Joel 2.13).
Rev. Eudes
Nenhum comentário:
Postar um comentário