ANO LX - Domingo, 14 de julho de 2002 - No 2959
A PISCINA E A CRUZ
Um de meus amigos ia toda quinta-feira à noite a uma piscina coberta. Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção. Esse homem tinha o costume de correr até a água e molhar apenas os dedos do pé, depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água. Era um excelente nadador. Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse intrigado com esse costume de molhar os dedos antes de saltar na água. Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito.
Ao ser inquirido, o hábil nadador respondeu: "Sim, eu tenho um motivo para fazer isso. Há alguns anos, eu era professor de natação em um clube. Eu ensinava a nadar e saltar de trampolim. Certa noite, não conseguindo dormir, fui à piscina para nadar um pouco. Sendo professor, eu tinha a chave para entrar no clube. Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra projetada na parede em frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Ao invés de saltar, fiquei ali, parado, contemplando aquela imagem. Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão convicto, mas quando criança aprendi um cântico cujas palavras me vieram à mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar. Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos, e nem compreendo porque não pulei na água. Finalmente, voltei, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso... Na noite anterior haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido! Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado teria sido meu último salto.
Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou minha vida. Fiquei profundamente agradecido a Deus por Ele me amar e permitir que eu continuasse vivo. Ajoelhei-me na beira da piscina. Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas a minha alma também precisava ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual Jesus morreu para nos salvar. Confessei meus pecados e me entreguei a Ele. Naquela noite fui salvo duas vezes; física e espiritualmente! Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que estou eternamente salvo pela graça de Deus.
Talvez agora você compreenda porque eu molho os dedos do pé antes de saltar na água".
(Autor desconhecido)
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