ANO LXXVI - Domingo, 04 de novembro de 2018 - Nº 3810
MÍDIA E TERRORISMO
MÍDIA E TERRORISMO
Não sou afeito às estruturas novas de mídia, ou seja, não faço parte de nenhum “grupo” no “facebook” ou qualquer outro meio ou canal de informação ou disseminação de notícias. Não digo que isso seja bom, apenas prefiro ter um pouco de isenção, sossego e paz. Mesmo em “whatsapp” ao receber certas “mensagens” de conteúdo não informativo (de fato) peço que parem de me enviar, pois além de “encher” meu aparelho celular de material sem sentido, me obriga a gastar meu tempo verificando se se trata de algo relevante, o que constato não ser.
Quando da eleição do Partido dos Trabalhadores o slogan “a esperança vence o medo” foi muito bem posta pelos que alcançaram a vitória naquele pleito, pois havia um clima (promovido pela direita) de medo e receio por uma onda de saques, invasões, fechamento de templos, etc. No entanto, vemos que vai sendo, agora, patrocinada por militantes deste partido a mesma coisa que combateram no passado, ou seja, a disseminação do temor ou medo com fala de ameaça à democracia, extermínio de minoria, pessoas se matando na rua e atirando umas nas outras, etc.
Nem a direita estava certa anteriormente e nem a esquerda está agora ao fomentar esse tipo de “informação”. O país tem, ainda, ordem e estrutura de governo para conter posturas e atitudes incompatíveis com os dispositivos de nossa Constituição e leis. Mesmo que indivíduos em nossas Cortes Maiores possam ter sua tendência ou inclinação, a instituição é maior que eles, o Congresso não é refém de uma pessoa e manterá sua atenção e vigilância para sustento das liberdades e direitos civis. Não vamos dar caso a “visões e revelações da parte de Deus”, ou de “profetas”, já enxergando “banho ou derramamento de sangue de nossos jovens”. Isso é terrorismo psicológico.
Cabe-nos orar ao Senhor, como determinado nas Escrituras, a favor dos que estão investidos de autoridade (deste ou daquele partido, com esta ou aquela ideologia) para que conduzam sua vida e realizem seu trabalho de modo a promover a verdade, justiça, paz, respeito e harmonia em nosso meio, e sermos, ao mesmo tempo, vigilantes críticos do Estado, para que este cumpra o papel para o qual Deus o estabeleceu. A recomendação bíblica é esta: “Examinai tudo e retende o que é bom”. (I Ts.5:21). Sem terrorismo ideológico de direita ou de esquerda.
Rev. Paulo Audebert Delage
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