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domingo, 18 de novembro de 2018

REPÚBLICA E BANDEIRA

ANO LXXVI - Domingo, 18 de novembro de 2018 - Nº 3812

REPÚBLICA E BANDEIRA

Em 15 de novembro de 1889 o Marechal Deodoro da Fonseca proclamava a República, ou seja, dava um golpe de Estado destituindo o Imperador Pedro II e instalando, no Brasil, uma nova forma de governo, a republicana. Sem levar em conta o fato da expulsão da família real em tempo recorde, em uma atitude humilhante, algumas medidas foram tomadas de imediato e que pareciam indicar mudanças radicais e alvissareiras, entre elas a separação entre Igreja (seja qual for) e Estado, o reconhecimento do casamento civil como válido, a extinção da “nobreza” e seus privilégios (embora viesse a criar outra classe com privilégios – a política), a possibilidade de eleições (ainda que com restrições aos que poderiam exercer tal privilégio). Assim, deixava-se de ter um Imperador para se ter um presidente. A “Res Publica” (coisa pública) agora não era mais de uma pessoa, ou de uma classe (nobres), mas do povo (público). Parece que a nova classe (política) entendeu que a “coisa é pública” e, já naqueles dias, começou a embolsar para si, uma vez que é pública e eu represento (“sou”) o povo.

Foi-se a “Velha República”, veio a “Nova”. Passou também esta e veio o “Governo Provisório”, seguido do “Estado Novo”. Após tal período voltamos à República e à democracia (cerca de 10 anos). Seguiu-se a ditadura militar com restrições às liberdades pessoais, mas a República permanecia. Em 1988 o Brasil volta a caminhar em uma democracia republicana, sendo a mesma até os dias atuais. Por todos os períodos apontados tem prevalecido a ideia de “coisa pública” não como “do povo, pelo povo e para o povo”, mas para alguma classe dominante (elite ou não) que, à custa do que “é do povo”, se locupleta, se beneficia e enriquece (independentemente de qual partido esteja no governo), concedendo ao povo algumas benesses pelas quais são aplaudidos, como se tal ato fosse grande benemerência deles para com o povo, e não como sendo o dever e obrigação legítimos de devolver ao povo (em forma de benefícios) o que, de fato, é do povo, ou seja, REPÚBLICA. Torna-se necessário mais que celebrar a proclamação da República, vivenciar o que ela seja, mas isso parece ainda não ter sido alcançado aqui em nossas terras brasileiras até os dias de hoje.

Dia 19 de novembro é o Dia da Bandeira. Mas, temos o que comemorar neste dia considerando o que se tem feito de nossa bandeira brasileira? Porém, não há problema; o importante é ser feriado e prolongado. “Pra frente Brasil”.

Rev. Paulo Audebert Delage

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Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

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