ANO LXVIII - Domingo, 01 de agosto de 2010 - Nº 3379
"Ai de vós! Que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem o saber" ( Lucas 11:44).
Essa palavra de Jesus dirigida aos fariseus soa como contraditória ao que disse em Mateus 23:27, ao referir-se aos fariseus como "sepulcros caiados". Na verdade, não ocorre qualquer contradição. São duas situações distintas e ambas ilustram alguma forma de atitude ou comportamento de muitos fariseus e escribas.
De fato, os sepulcros deveriam ser assinalados ou destacados (pintados, cercados, etc.), a fim de evitar que as pessoas passassem sobre eles ou com eles tivessem contato, ficando cerimonialmente impuras. Na tradição judaica o contato com o morto (ou lugar onde estivesse), fazia com que tal pessoa fosse tida como imunda por determinado período. Havia necessidade de purificações, banhos, afastamento das coisas sagradas, não participação em cerimônias, etc.
Jesus, nesse sentido, traz sobre os fariseus uma palavra de grande reprovação e reprimenda, ao sustentar que a atitude deles fazia com que as pessoas se tornassem contaminadas ou impuras. Os fariseus não conduziam as pessoas à santidade e à comunhão com o Senhor; antes, faziam com que viessem a ter uma vida divorciada da comunhão com o Santo e o Sagrado.
Não se está falando aqui de omissão (escondidos), mas de ação ou comissão. A comparação feita é para indicar que as pessoas são conduzidas à impureza cerimonial e religiosa pela ação dos religiosos. São eles os responsáveis por levar as pessoas ao contágio e infecção, devido a seus ensinos e posturas dissimulados e falseadores da verdade, mas que as pessoas não percebem, não enxergam, como as sepulturas "invisíveis" das quais Jesus fala no texto.
Nem sepulcro caiado (bonito por fora e podridão por dentro), nem sepultura invisível (agente de contaminação), mas referencial de integridade e sinceridade, bem como de direcionamento à verdade e santidade, é o que se requer de nós na condição de cristãos, para não ouvirmos os mesmos "ais" dirigidos aos escribas e fariseus.
De fato, os sepulcros deveriam ser assinalados ou destacados (pintados, cercados, etc.), a fim de evitar que as pessoas passassem sobre eles ou com eles tivessem contato, ficando cerimonialmente impuras. Na tradição judaica o contato com o morto (ou lugar onde estivesse), fazia com que tal pessoa fosse tida como imunda por determinado período. Havia necessidade de purificações, banhos, afastamento das coisas sagradas, não participação em cerimônias, etc.
Jesus, nesse sentido, traz sobre os fariseus uma palavra de grande reprovação e reprimenda, ao sustentar que a atitude deles fazia com que as pessoas se tornassem contaminadas ou impuras. Os fariseus não conduziam as pessoas à santidade e à comunhão com o Senhor; antes, faziam com que viessem a ter uma vida divorciada da comunhão com o Santo e o Sagrado.
Não se está falando aqui de omissão (escondidos), mas de ação ou comissão. A comparação feita é para indicar que as pessoas são conduzidas à impureza cerimonial e religiosa pela ação dos religiosos. São eles os responsáveis por levar as pessoas ao contágio e infecção, devido a seus ensinos e posturas dissimulados e falseadores da verdade, mas que as pessoas não percebem, não enxergam, como as sepulturas "invisíveis" das quais Jesus fala no texto.
Nem sepulcro caiado (bonito por fora e podridão por dentro), nem sepultura invisível (agente de contaminação), mas referencial de integridade e sinceridade, bem como de direcionamento à verdade e santidade, é o que se requer de nós na condição de cristãos, para não ouvirmos os mesmos "ais" dirigidos aos escribas e fariseus.
Rev. Paulo Audebert Delage
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