ANO LXXVI - Domingo, 02 de setembro de 2018 - Nº 3801
PÁTRIA AMADA
PÁTRIA AMADA
Dia sete de setembro traz a nós a recordação de nossa Independência de Portugal em 1822, tornando o Brasil uma nação livre e independente, constituindo-se em Império com D. Pedro I.
Nosso Hino Nacional usa a expressão “Pátria amada” e, de fato, o é, embora estejamos (muitos de nós) frustrados devido ao que temos visto fazerem com ela. Há quem tenha reserva em cantar o nosso hino ao se dizer “idolatrada”, apontando para o fato de que se trata de atitude imprópria a um cristão que tem a Bíblia como sua única regra de fé e prática. Óbvio tratar-se de “licença poética” e não se deve “adorar” a Pátria como quiseram os nazistas, fazendo com que a Alemanha se tornasse o objeto maior de seu culto.
Deixados de lado tais pontos de discórdia, é tempo de pensarmos sobre nossa relação com esta Pátria na qual nascemos ou adotamos como nossa. Como cristãos que “papel” temos na construção de uma nação melhor, de uma Pátria mais sã e sadia?
As Escrituras cristãs nos orientam, primeiramente, a orar por nossa Pátria e as autoridades constituídas, afim de que “tenhamos vida tranquila e mansa” (I Tm. 2:2). Nossa oração intercessória é para que haja melhor condição de relacionamento social e equidade maior entre as pessoas, evitando a exploração, o crime e a injustiça. Temos, também, pelas Escrituras a responsabilidade de contestarmos (como cristãos e como Igreja) as autoridades caso não cumpram as suas obrigações para as quais foram colocadas nas posições que estão. Trata-se da “desobediência civil”, frente às posturas de descumprimento das obrigações de tais autoridades. É falsa a ideia de passividade por parte dos cristãos e ter sua “preocupação” apenas com o “celeste porvir”. Outra orientação das Escrituras é a de nossa conduta pessoal, ou seja, sermos, de fato, “sal da terra e luz do mundo”. Isso significa que o meu modo de agir determinará (como exemplo) o modelo adequado de relacionamentos e posturas. Trata-se da ética relacional, ou seja, caso as pessoas ajam como eu, quais os efeitos disso? Será que em escala menor não tenho tido a mesma postura que os corruptos que critico? Portanto, orar, criticar o erro e ter conduta ética de boas obras é o melhor modo pelo qual podemos celebrar o sete de setembro, o Dia da Pátria Amada; Brasil.
Rev. Paulo Audebert Delage
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