ENCONTRO MARAVILHOSO

ANO LXXIV - Domingo, 22 de janeiro de 2017 - Nº 3717

ENCONTRO MARAVILHOSO
“A graça e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram”. Salmo 85: 10.

Ao olharmos ao nosso redor e a vida de modo geral, perceberemos que os encontros estabelecem a dinâmica da existência. Nossa vida é fruto (começa) de um encontro e sua sequência é composição de tantos outros. Há encontros que são muito significativos e marcantes; outros são tão comuns e corriqueiros que sequer nos damos conta deles.

O salmista nos fala de dois encontros, que se compõem em um só, o qual é nosso anelo como humanidade. Há um clamor por tal junção de graça e verdade, bem como de justiça e paz. A impressão que temos é de que estes elementos não conseguem conviver ou coexistir. No entanto, nosso coração clama por tal imbricação e união por entendermos que de seu encontro nos advirá a estrutura de desenvolvimento, harmonia, equidade e vida abundante e plena.

A questão que se impõe é se tal situação pode ser alcançada neste sistema atual e terreno, ou se é apenas uma grande e poética utopia. A condição atual da humanidade, ou seja, a expressão de corrupção, maldade e egoísmo do ser humano é fator impeditivo de se atingir tal meta ou alvo proposto.

Vemos a situação paradisíaca de tal encontro como expressão da consumação do Reino de Deus onde, final e definitivamente, teremos o encontro e o abraço permanente da graça com a verdade e da justiça com a paz. A verdade de Deus manifesta em graça, estabelecendo a justiça que tem a paz como fruto. Este é o Reino de Deus por nós aguardado, esperado e ansiado, e por isso oramos “venha o Teu Reino”. Enquanto tal tempo não se manifesta (pela vinda gloriosa de Jesus Cristo) somos nós, filhos de Deus, os responsáveis por buscarmos fazer com que tal encontro seja cada vez mais visto, manifesto e vivido.

Rev. Paulo Audebert Delage