ANO LXXIV - Domingo, 20 de novembro de 2016 - Nº 3708
A voz do povo e a voz de Deus
A voz do povo e a voz de Deus
Nos anos 70, o Brasil possuía 5% da sua população evangélica, em 2000 esse percentual atingiu 15,4%, diante disso, o IBGE estima que até 2030 os evangélicos atingirão a marca de 51% da população sendo, portanto, maioria em nosso país.
Juntamente com esses dados e estimativas, surgem perguntas que são profundamente inquietantes, por exemplo: “E o número de homicídios?”, “E o número de adultérios, divórcios, abortos?”, “E os números da corrupção?” E tantas outras perguntas que revelam mais verdade sobre o nosso país do que a estimativa do IBGE.
Mas qual o link desses dois assuntos? Bom, simplesmente pelo fato de que Jesus nos disse para sermos Sal e Luz do mundo, e que sendo essa a missão de todo discípulo e discípula de Cristo neste mundo, só nos resta a triste realidade de que esses números são uma grande falácia. Por parte de quem? Certamente não do IBGE, ele apenas registra as informações que recebe. Então de quem? Bom, tendo em vista a realidade do contexto evangélico nacional, nota-se um empobrecimento obsceno no ensino das Escrituras, por parte dos líderes das maiores denominações neopentecostais do Brasil. Associado a isso, encontramos também uma ambição por prosperidade tão grande vinda desses membros que os ensinamentos de Jesus, quando não estão de acordo com as vias para a prosperidade, torna-se supérfluo. Para não atirar somente pedra no telhado do vizinho, o nosso também é de vidro, nesta semana prenderam Antony Garotinho, membro da Igreja Presbiteriana Luz do Mundo, Rio de Janeiro, anunciado em todas as mídias, que além de corrupto, era também presbiteriano.
De um lado, líderes gananciosos, de outro membros voltados para seus próprios interesses, de outro lado ainda, um mundo carente de sabor e luz. Um dia seremos maioria, um dia alcançaremos o título de nação evangélica, mas se Jesus não for o Senhor em cada coração, somente o IBGE identificará isso. Termino esse artigo, com uma frase dita por um pensador Cristão, quando meditava sobre esse assunto, “Que Deus nos livre de uma nação evangélica”, acrescento “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”.
Rev. Gustavo Bacha
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