ANO LXXIV - Domingo, 04 de setembro de 2016 - Nº 3697
IMORAIS, LOUCOS E BURROS
IMORAIS, LOUCOS E BURROS
Mais uma vez pudemos assistir as manifestações de nossos nobres legisladores e integrantes de nossas Casas Legislativas mais altas. Claro que tais casas devem refletir, em uma democracia, a própria população, daí vermos alguns (muitos) não terem capacidade mínima de expressão e fala. Cometem erros (mesmo lendo) grosseiros em relação ao vernáculo, assassinando nosso já “surrado português”. O presidente da sessão de julgamento teve o seu nome assinalado em variações múltiplas, pois seria muito exigir de alguns que ali estão, pronunciarem tal nome corretamente. Mas, isso é o reflexo, ali posto, de nossa população.
Problemas bem mais sérios e graves do que o deslize e incompetência em relação à língua materna, são as afirmações dos mesmos legisladores (senadores da República) sobre eles próprios e aquela casa legislativa maior (“câmara alta”).
Certa senadora no afã de defender a ré no processo em tela, afirmou que aquela “casa” não tinha moral para julgar a acusada. Reiterou e insistiu nesta tese de incapacidade moral ao dizer que “ninguém ali tinha moral” para julgar, depois amenizou e falou em “metade” dos que ali estão. Trata-se da autocondenação, ou seja, afirmação que atinge seus pares e a ela mesma. Casa sem moral.
O presidente do Senado, no afã de socorrer o presidente da sessão, diz estar consternado e lamenta que o presidente do STF (ali presidindo a sessão) esteja “a presidir o julgamento em um hospício”. Assim, o presidente do Senado adjetiva-se e aos seus pares de loucos, posto que quem se encontra internado em um hospício (manicômio) é doente mental, insano, demente ou, de fato, louco. O mesmo senador encerra sua fala dizendo que “a burrice (ali) é infinita”. Como não indicou em relação a quem se aplicava, pode-se admitir que a todos. Assim, percebemos que eles acabam por verem-se (afirmaram isso) como imorais (ou amorais), loucos e burros. Triste quadro.
O que resta a nós cidadãos desta República e cristãos? Orar e interceder por nossa Pátria como ensinado nas Escrituras; participar com consciência dos aspectos ligados à vida política de nosso País; votar com zelo (ou não votar) buscando verificar a honradez, integridade e competência do (a) candidato (a); agir de tal modo que por nossa atitude as coisas sejam levadas à mudança em nossa Terra. O Senhor nos abençoe e que “feliz seja esta nação cujo Deus seja o Senhor”.
Rev. Paulo Audebert Delage
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