ANO LXXIV - Domingo, 05 de junho de 2016 - Nº 3684
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
As notícias veiculadas em programas de reportagem policial vão se tornando cada vez mais comuns e nos trazem certa aversão e repulsa. Há um sensacionalismo e, parece-me, até certa exploração do infortúnio dos que foram vitimados pelos criminosos. Mas, não podemos deixar de compreender que tais notícias (mesmo com a exploração comercial e emocional) oferecem um vislumbre sombrio do que tem envolvido nossas cidades brasileiras, seja no interior do Piauí ou na capital carioca, nas metrópoles ou pequenas cidades interioranas.
Notícias de crimes contra a mulher. Violência sexual, abuso, estupro, espancamento, assassinato por maridos, companheiros ou “ex-parceiros”. Tudo isto vai atingindo a raia do inimaginável e do imponderável. As medidas existentes em lei devem ser aplicadas com rigor na tentativa de coibir tais situações de abuso e desrespeito. No entanto, ainda há muito preconceito e a ideia preconcebida de que “se houve agressão, foi porque fizeram por merecer”. Isso não pode ser usado como argumento para diminuir a rudeza dos fatos e minorar a responsabilidade dos seus praticantes. Ninguém, neste particular, merece ser violentada ou violentado.
Estamos nós, cristãos evangélicos, fora de tal estatística infeliz e miserável? Não me refiro ao fato de não estarem as mulheres cristãs sujeitas a ataques perpetrados por indivíduos fora de seus contatos e relacionamentos. Refiro-me à incidência de maior índice, ou seja, a violência doméstica. Há muitos casos em nosso meio (“cristão”), mas que não são apresentados por constrangimento ou medo do “escândalo”. Maridos “cristãos” que ofendem verbal, psicológica e fisicamente a esposa, afrontando não só as leis civis de nosso país, mas insurgindo-se contra as diretrizes bíblicas, tornando-se incursos na ação judicatória de Deus em Sua disciplina e justiça. A manifestação de violência doméstica não é questão “entre marido e mulher”, mas de postura cristã quanto à disciplina e repreensão a tais comportamentos, e isso a bem do Nome de Cristo e glória de Deus. O fim da violência em geral, e contra a mulher em particular, começa em casa e cabe a nós darmos o exemplo. Deus nos ajude e guarde.
Rev. Paulo Audebert Delage
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