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domingo, 30 de setembro de 2012

ELEIÇÕES


ANO LXX - Domingo, 30 de Setembro de 2012 - Nº 3492

ELEIÇÕES

Até o final do ano teremos uma série de eleições. Estão incluídas as municipais (prefeitos e vereadores) e as eclesiásticas na IPVM (presbíteros e diáconos). Claro que elas têm diferenças e distinções, mas têm semelhanças e proximidades.

Os políticos visam benefício pessoal de gratificação, promoção social, possibilidade de ascensão política e, eventualmente, desenvolver trabalho que visa o bem estar do povo e progresso da cidade. Na vida eclesiástica o que move é o senso de dedicação à obra. Não há remuneração, não há possibilidade de galgar postos de prestígio na hierarquia, já que esta não existe entre nós. Assim, o candidato nas eleições eclesiásticas não deve ter outro propósito que não o de servir.

Mas, qual é a nossa participação nessas duas categorias de eleição? Há diferenças? O que devemos fazer? O comportamento é o mesmo em ambas. Alguns aspectos presentes:

a) Verificar os nomes que nos são apresentados. Analisar bem se o candidato é alguém envolvido no trabalho e tem uma vida condizente com o que fala e postula. Deve-se tomar cuidado com os “paraquedistas” que surgem nestes momentos apenas, ou com os oportunistas que aparecem em “tudo” neste tempo, mas antes...

b) Procure conhecer e conversar com aquele em quem você pensa votar. Aproxime-se dele e verifique o que tem em mente e quais são seus projetos, planos e propósitos.

c) Evite a acomodação: “Votarei neste por que aí é mais rápido”; evite a simpatia: “votarei neste por que ele é tão agradável”; evite a estética: “votarei neste por que ele é tão charmoso e tem uma imagem muito boa”.

d) Ore sinceramente. Embora esteja ao final, não significa que deva ser o último ponto. Oração é fundamental. Coloque diante de Deus com sinceridade. Peça-lhe direção com base nas análises feitas e verificação da vida (pessoal, familiar e eclesiástica) do postulante. Caso entenda que nenhum apresenta as condições necessárias e próprias, não vote.

Esteja presente a este processo de escolha por meio das eleições civis e eclesiásticas. Cada povo (na democracia) tem os governantes que merece, pelo fato de escolhê-los. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 16 de setembro de 2012

PRECONCEITO

ANO LXX - Domingo, 16 de setembro de 2012 - Nº 3490

PRECONCEITO
Não discrimineis, para que não sejais discriminados.” Mateus 7:1

Encontra-se para julgamento no STF uma ação que envolve carga contra Monteiro Lobato, pelo fato de haver incidência de preconceito em seus livros didáticos infantis. Não conheço a ação em seu teor, a não ser pelo que li e ouvi em breves discussões em nossos noticiários, mas fiquei pasmo com isso.

Se essa forma de abordagem “pegar”, teremos sérios problemas com as histórias de Walt Disney onde as bruxas são velhas e feias, onde não há presença de negros como heróis, não há casamento entre os personagens que vivem um eterno não ser família, inexistindo relação pai-filho, apenas tio-sobrinho. Levar nossa mais alta corte julgar algo desta monta, parece dar a ideia de que tais distintos ministros não têm o que de maior peso a considerar.

Claro que as estórias de Monteiro Lobato e de outros contistas ou fabulistas têm a presença velada ou descoberta do preconceito (ou conceito), estabelecido pelo princípio condutor de alguma ideologia à qual eram simpáticos, seja nacionalista, comunista, socialista, escravagista, monarquista, republicana, democrática, etc. Se quisermos ser criteriosos encontraremos tais indícios até na Bíblia. Veja, por exemplo, as citações feitas sobre os gigantes; são indicativas que eram todos eles maus. Tal orientação pode nos levar a pensar que qualquer indivíduo fora do padrão “normal”, deva ser encarado como suspeito ou mal, pelo fato de ser diferente (gigante).

Jesus nos adverte contra o preconceito e a discriminação ao nos proibir o juízo discriminatório (não de exercer juízo avaliativo). O motivo fica claro, pois com a “vara” que eu medir (discriminar), serei discriminado. Se meu critério de discriminação é a cor, por esse mesmo critério serei discriminado por aquele que discrimino; se for o status social, serei assim tratado, etc.

Preocupar-se com a presença de implicações preconceituosas em Monteiro Lobato, deve ser pertinente a dissertações de mestrado ou teses de doutorado na área da literatura, antropologia ou sociologia, mas levar isso como ação ao STF é algo, a meu ver, sem sentido. O que devemos ter é, ainda hoje, sentimento de respeito e acatamento ao que pensa desigualmente, mesmo garantindo a ele o direito de pensar desigualmente e recebê-lo sem discriminação, ainda que não concorde com ele. Esta é a mensagem cristã.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 9 de setembro de 2012

FILOSOFIA GABRIELA

ANO LXX - Domingo, 09 de setembro de 2012 - Nº 3489

FILOSOFIA GABRIELA

Gabriela, livro escrito por Jorge Amado em 1958, que virou novela nos anos 60, depois nos anos 70 e retornando à televisão recentemente. A obra foi base para a composição da música de Dorival Caymmi, chamada “Modinha para Gabriela” e esta música de Caymmi fala de uma realidade vivida e sustentada por muitos. Pensando um pouco nesta música sempre me incomodou o fato de que tantas pessoas a transformam num pilar existencial, não a música em si, mas da ideia que é cantada, num motivo de orgulho e sustentação de sua personalidade e comportamento.

O Refrão da música diz: “Eu nasci assim, eu cresci assim / Eu sou mesmo assim / Vou ser sempre assim / Gabriela, sempre Gabriela”. Esse tipo de atitude é absolutamente contrária a proposta do evangelho, pois Jesus veio anunciar o perdão do pecados e consequentemente a conversão, a mudança da vida que se expressa na santificação.

Na conversa com Nicodemos o Senhor Jesus, fala de um novo nascimento para as coisas espirituais. Os encontros de Jesus são marcados por profundas mudanças de comportamento, foi assim com Zaqueu, com os discípulos e com tantos outros e outras, pois caso não houvesse mudança, evidenciava-se ali a irredutibilidade do ser e consequentemente a ausência do evangelho, como aconteceu com o Jovem Rico (Mc 10.17-22).

Diante disso, avalie sua vida, quais pontos precisam de mudança? Quantas áreas escuras necessitam ser iluminadas com a Luz da Palavra, a fim de que o comportamento seja alterado, com o objetivo de evidenciarmos ao mundo o evangelho de Deus em nós, cumprindo as palavras de Jesus, anunciando que somos Sal e Luz para o mundo?

Termino esse texto lembrando as palavras de Michel de Montaigne, “Só os loucos não mudam de opinião”.

Rev. Gustavo Bacha

domingo, 2 de setembro de 2012

TRAGÉDIAS

ANO LXX - Domingo, 02 de setembro de 2012 - Nº 3488

Tragédias
"...porém o Senhor cuida de mim" (Salmo 40:17)

Tornou-se comum, a quase todos nós, o hábito de nos assentarmos em frente ao aparelho de TV, principalmente à noite, e assistirmos ao noticiário (ou aos noticiários). A necessidade de nos mantermos bem informados sobre o que se passa ao nosso redor é inegociável, pensamos nós. Como ficar sem assistir a tais programas e não sabermos das últimas novidades na Austrália, Japão, China, Ucrânia, Cazaquistão, Estados Unidos, Irlanda, etc, que são de suma importância para nossa existência aqui no Brasil?

Ainda que fosse apenas esse ponto, poderíamos entender, pois nosso mundo tornou-se "uma pequena aldeia" e o que atinge lá, me afeta aqui. No entanto, tenho percebido que ao assistir a um destes noticiários, verei as mesmas coisas nos outros, e para que ficar buscando em todos os canais todos os informativos? O que veremos, infelizmente é a seleção de tragédias, seleção esta exposta com as mais variadas formas de impacto. Parece que quanto mais tragédia melhor. A impressão que temos é que só existe miséria, destruição, violência, morte.

A tragédia parece ser o tema preferido em tais programas informativos. Sejam aquelas que são frutos dos elementos da natureza e atingem as populações ao redor do mundo como tufões, terremotos, ciclones, chuvas torrenciais; ou aquelas em que existe a atuação direta do ser humano como as catástrofes ambientais de vazamento de óleo nos mares, a destruição e morte de centenas de pessoas por intolerância religiosa, política ou étnica. Elas são o "prato do dia".

O tema da violência urbana é constante. Fiquei aterrado quando foi feita, em um destes programas, uma sequência de relatos sobre assaltos, sequestros e mortes em algumas cidades em nosso país. Tragédias, tragédias, tragédias. Isso nos leva a uma situação de aflição e angústia de alma que nos empurra a pensarmos em parar, desistir ou desesperar. Que fazer? Parar de assistir a tais noticiários? Brincarmos de "faz de conta que não existe" tanta tragédia?

Penso que devemos seguir nossa vida, sabendo que tais ocorrências estão a nos rodear, tendo sempre a convicção do salmista de que "o Senhor cuida de mim" e do poeta sacro ao cantar: "Não sei o que de mal ou bem é reservado a mim, se maus ou áureos dias vêm até da vida ao fim. Mas eu sei em quem tenho crido e estou bem certo que é poderoso, guardará pois o meu tesouro até o dia final". Seja esta nossa postura e vivência.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.