ANO LXII - Domingo, 16 de janeiro de 2005 - No 3090
"Tudo quanto fizerdes, fazei- o de todo coração..." Col. 3:23
Esta afirmação bíblica evidencia que há dois modos de se executar uma tarefa. Ainda que implicitamente percebe-se que é possível fazer de "todo" coração ou fazê-lo simplesmente com as mãos.
Um modo é trabalhando com amor! Outro é a simples execução de uma tarefa sem que haja sentimento. Isto é, não há envolvimento pleno do coração, só as mãos funcionam.
Parece muito simples, mas a análise das duas possibilidades comprova resultados opostos.
Aqueles que fazem só com as mãos, são descontentes, desajustados, inquietos, não alcançam nenhuma realização, agem como máquinas insensíveis. São indiferentes, não vibram, não participam do que fazem, executam mecanicamente por mero hábito, são cumpridores de tarefas. Fazem só pelo dever, sentem-se obrigados e não há rendimento maior no que fazem.
Felizmente, há um segundo caminho para se realizar um trabalho: de todo o coração. São aqueles que unem o coração às mãos e se dedicam, se desgastam, desprendem energias, se esgotam com toda alma e coração, doam-se e não medem sacrifícios nem forças para o desempenho da sua incumbência.
Fazer de todo o coração é identificar-se com a obra realizada vivenciando-a. Em seu ministério entre hansenianos Padre Bento foi acometido da doença. Orou: "Senhor, graças te dou porque agora posso sentir-me como um deles."
Fazer de todo o coração é ter a consciência do valor da obra. Neemias respondeu: "Estou realizando grande obra, de sorte que não descerei".
Na parábola do bom samaritano evidencia-se claramente a linguagem cardiológica, isto é, um coração em pleno funcionamento: "movido de íntima compaixão". O coração do pastor e do diácono não atuou, o do bom samaritano sim: desceu do animal, deu atenção, deu o vinho e o óleo, curou as feridas, tomou-o em seus braços, colocou-o na cavalgadura, foi a pé, levou-o à estalagem, expôs-se ao perigo, passou a noite com ele, perdeu o sono, atrasou sua viagem, pagou com seu dinheiro, prometeu voltar, comprometeu-se a pagar as demais despesas.
Em 2.005, "tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças..." e "de todo o coração", para a glória de Deus, não para agradar homens.
Rev. Rubens
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