ANO LXXIII - Domingo, 31 de maio de 2015 - Nº 3631
PERSEGUIDOS E PERSEVERANTES
PERSEGUIDOS E PERSEVERANTES
Na introdução de seu livro A fé que persevera, Ron Boyd-Mac Millan conta de um interessante encontro que teve com três cristãos secretos na China, na década de 1990. Ao se despedir de seus amigos, ele agradeceu por compartilharem seu testemunho e disse: “Sinto-me envergonhado por não ter que pagar um preço tão alto para produzir reavivamento em meu país. É como se vocês estivessem vivendo nas páginas do Apocalipse”.
O comentário de Ron, porém não passou despercebido. Um dos três cristãos lhe respondeu: “Leve isto de nós: cada um está vivendo o livro de Apocalipse, porque todos nós fazemos parte da Igreja Perseguida”. Ele continuou: “Aonde quer que você vá, será seduzido por um falso profeta ou coagido por uma besta a adorar um ídolo que não é Deus. A única diferença entre vocês e nós é que, aqui, vemos isso com clareza; e onde vocês vivem, isso acontece de maneira sutil”.
A afirmação deste irmão está fundamentada na verdade registrada em 2 Timóteo 3.12: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. É essa vida piedosa – ou como coloca a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, uma vida “unida com Cristo” – que traz problemas ao crente. Não são governos nem grupos extremistas, mas a identificação com Jesus.
O que não se pode negar, entretanto, é que os cristãos não são todos perseguidos da mesma forma. Provisões como leis que protegem a liberdade de culto dão à Igreja mais espaço institucional para realizar suas atividades religiosas, seja uma reunião de oração, seja um trabalho evangelístico em espaço público. Mas ao mesmo tempo, essa sensação de liberdade, pode mascarar “falsos profetas”, como disse o irmão chinês, impedindo-nos de ver a realidade. E quanto a isso, temos de ser cuidadosos.
Uma diferença fundamental entre cristãos perseguidos, como chineses e vietnamitas, e cristãos livres, como os brasileiros, é que a Igreja brasileira tem liberdade para manejar suas armas, enquanto as demais têm de fazê-lo em segredo e sob pressão.
Nosso desafio é não nos encantar com a liberdade a ponto de esquecer a batalha que nos aguarda a cada dia. Os cristãos perseguidos podem nos ajudar nisso. Não deixe seus testemunhos de perseverança serem apenas belas histórias a respeito do cuidado de Deus sobre seu povo. Encare-os como lembretes de que ser fiel a Jesus tem um preço, mas também um alvo garantido: a coroa da vida a todo aquele que perseverar (Ap 2.10).
O comentário de Ron, porém não passou despercebido. Um dos três cristãos lhe respondeu: “Leve isto de nós: cada um está vivendo o livro de Apocalipse, porque todos nós fazemos parte da Igreja Perseguida”. Ele continuou: “Aonde quer que você vá, será seduzido por um falso profeta ou coagido por uma besta a adorar um ídolo que não é Deus. A única diferença entre vocês e nós é que, aqui, vemos isso com clareza; e onde vocês vivem, isso acontece de maneira sutil”.
A afirmação deste irmão está fundamentada na verdade registrada em 2 Timóteo 3.12: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. É essa vida piedosa – ou como coloca a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, uma vida “unida com Cristo” – que traz problemas ao crente. Não são governos nem grupos extremistas, mas a identificação com Jesus.
O que não se pode negar, entretanto, é que os cristãos não são todos perseguidos da mesma forma. Provisões como leis que protegem a liberdade de culto dão à Igreja mais espaço institucional para realizar suas atividades religiosas, seja uma reunião de oração, seja um trabalho evangelístico em espaço público. Mas ao mesmo tempo, essa sensação de liberdade, pode mascarar “falsos profetas”, como disse o irmão chinês, impedindo-nos de ver a realidade. E quanto a isso, temos de ser cuidadosos.
Uma diferença fundamental entre cristãos perseguidos, como chineses e vietnamitas, e cristãos livres, como os brasileiros, é que a Igreja brasileira tem liberdade para manejar suas armas, enquanto as demais têm de fazê-lo em segredo e sob pressão.
Nosso desafio é não nos encantar com a liberdade a ponto de esquecer a batalha que nos aguarda a cada dia. Os cristãos perseguidos podem nos ajudar nisso. Não deixe seus testemunhos de perseverança serem apenas belas histórias a respeito do cuidado de Deus sobre seu povo. Encare-os como lembretes de que ser fiel a Jesus tem um preço, mas também um alvo garantido: a coroa da vida a todo aquele que perseverar (Ap 2.10).
(Extraído da Revista Portas Abertas Ano 33 nº 1)