ANO LXIX - Domingo, 22 de Janeiro de 2012 - Nº 3456
Exposição da futilidade e exaltação da estupidez
Mais uma edição do BBB. O significado destas três letras pode ser variado. Besteira, burrice e beocidade, ou bestialidade, “babaquice” e “besterol”. Poderíamos alinhar outros significados para estes “Bs”.
A crítica tem sido feroz contra este “programa” de entretenimento veiculado pela Rede Globo. Articulistas não poupam palavras de repulsa a este tipo de “diversão”. É, de fato, vergonhosa tal situação chamada de “Reality Show”. Talvez a grande, se há alguma, contribuição deste desprezível amontoado de futilidades é demonstrar como o ser humano pode ser tão oco, vazio, ignorante, fútil, manipulável e imbecil. Sim, pois milhões ficam “presos” a tais momentos e ligam (gastam) para “votar” em seu “herói” preferido.
Parece que desejam insinuar que aquilo seja o retrato da civilização atual. Aquilo lá (dizem) é o perfil da sociedade. Infelizmente há muito de verdade neste sentido, quando olhamos ao redor. Mas, certamente isto não é fato. Há muitos que não se ligam naquele modo de ser e viver. Rejeitam tal tipo de comportamento e repudiam o modelo de relacionamentos (se é que se pode chamar assim) ali expressos.
Seja BBB, a Fazenda ou outros “Realities” o que temos é a demonstração de que vamos chegando a mais absoluta falta de bom senso e sentido de significado em nossas realizações. Alegam que “este é o ser humano em sua mais nítida e aberta forma de manifestação”, na tentativa de justificar a existência e exibição de tais programas.
“A maldição do Senhor habita na casa do perverso” (Pv.3:33). A “casa do BBB” está posta entre as quais o Senhor faz incidir sua maldição. Não há o que possa ser bênção ali. Até mesmo articulistas seculares se levantam para criticar fortemente tal tipo de programação. O que se tem ali é perversão, vileza, hediondez e “baixaria”. Nossa sociedade estará perdida e sem esperança enquanto seus “heróis” forem indivíduos como os integrantes deste bando de “BBBs”. Deus tenha misericórdia de nós e deste país.
Rev. Paulo Audebert Delage
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