ANO LXVII - Domingo, 04 de outubro de 2009 - Nº 3336
AI
Quem dentre nós (crianças, adolescentes, jovens ou adultos) nunca pronunciou esta palavra (interjeição) seja de dor ou de advertência. Esta palavra faz parte de nosso vocabulário, pelo simples fato de que a dor é elemento da experiência humana.
Pode ser apenas um pequeno machucado do joelho esfolado em um tombo infantil, que nos faça dizer "ai", ou uma tragédia que se abata sobre nós (em nós ou em alguém amado por nós e de nossa família), fazendo-nos lançar ao ar, com extravasamento, um grito de "ai", ou mesmo um clamor sufocado e lancinante. De uma forma ou de outra, já dissemos este "ai", que expressa nossa dor.
Esta é a primeira de uma série de meditações (devocionais) sobre muitos dos "ais" que encontramos nas Escrituras Sagradas. A exemplo dos outros textos de nosso boletim, sua contemporaneidade se fará ver, posto que as experiências retratadas na Bíblia são, também, as experiências de todos nós. Veremos que os "ais" colocados no Livro Santo são de advertência ou de expressão de dor, que tantas vezes são manifestos por nós em nossa individualidade ou mesmo na manifestação solidária e coletiva.
O propósito será, não a ênfase meramente no "ai", mas a graça e o privilégio que temos, como cristãos, de superar estes "ais", seguirmos em frente e compormos nossa vida de acordo com a dimensão e diretriz do Senhor, que nos conforta, consola e alenta em todos os "ais" de nossa existência, por mais aflitivos e terríveis que sejam.
Rev. Paulo Audebert Delage
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