ANO LXVII - Domingo, 11 de outubro de 2009 - Nº 3337
"Para quem são os ais...?" (Pv.23:29).
O livro de provérbios é de uma expressão prática e vivencial surpreendente. Sua forma simples e direta nos coloca diante de situações de nossa vivência diária, mesmo ainda hoje no século XXI.
O autor faz uma indagação sobre a destinação de muitos "ais" que são proferidos e pergunta para quem são eles. Na sequência do texto temos a resposta: para aqueles que se deixam levar pelo vinho e pela "bebida misturada". Descreverá a embriaguez com modos bem sugestivos, falando da insensibilidade, da falta de moral, de alucinações e outras manifestações. Por fim diz: "quando despertar, voltarei a beber"(v. 35). Ai, triste sina.
Pode-se aplicar o texto não só à falta de medida e de continência em relação à bebida, mas a toda falta de moderação e domínio em relação às coisas legítimas e boas. Aqueles que acabam sendo cativados e escravizados por estas práticas (bebedeira, vícios, etc) são o alvo destes ais do autor do texto sagrado. São passíveis de pena, dó e comiseração.
A sequência descrita pelo escritor é forte e cadenciada em um ajuntamento de males e desditas: pesares, rixas , queixas, feridas sem causa, olhos vermelhos. Os que têm vivido estes dramas e lutas, sejam em si mesmos ou com pessoas próximas, compreendem muito bem o sentido destes "ais", deste lamento, deste choro, deste pranto, pois os tem experimentado.
Graças a Deus que tem libertado destes grilhões terríveis os que se achegam a Ele. Bendito seja o Senhor que tem transformado estes "ais" em aleluias.
Não seja destinação desses "ais" descritos nesta passagem. Que em Cristo Jesus não mais lhe sejam direcionadas tais lamentações, mas palavras de alegria e júbilo, como: louvado seja o Nome do Senhor.
Rev. Paulo Audebert Delage
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