ANO LXVII - Domingo, 18 de outubro de 2009 - Nº 3338
"...ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá que o levante". (Ec. 4:10)
Há medos e temores que assolam a mente e o coração humanos. São circunstâncias, fatos e ocasiões que nos fazem estremecer, quando pensamos nelas. Um destes grandes temores é, sem dúvida, a solidão.
O escritor de Eclesiastes fala sobre isto e afirma a infelicidade e tristeza do que está só. Ele tece alguns paralelos entre o que tem a solidariedade e companhia, e aquele que é desprovido de ambas. Lamenta, profundamente, a situação deste último.
Sua atenção se volta para o desalento daquele que não pode contar com ninguém para dar-lhe a mão, não tem quem lhe possa apoiar e, pior, levantá-lo ao cair. A solidão é aflitiva, e nosso mundo vai caminhando para o estabelecimento cada vez mais acentuado da condição de solidão. As pessoas vão ficando mais e mais mergulhadas na solitude. Podem até não ser solitários, mas estão sofrendo a angústia da solidão.
Vamos ouvindo mais e mais: "Eu saio, me divirto, brinco, jogo, mas ao retornar para casa vem a angústia, pois ainda estou e continuo só". Pessoas choram nestas condições tristes de existência. Plantaram isso? Não sei. Mas, estão sós.
Feliz aquele(a) que tem a Cristo como companheiro e amigo, com quem poder falar, diante de quem pode chorar e ser consolado(a) e, sobretudo, ser assistido e levantado. "Eis que estou contigo todos os dias..." (Mt. 28:20).
No entanto, as pessoas precisam de companhia humana, por isso, nós cristãos, devemos procurar oferecer nosso apoio e companhia aos que estão sozinhos e solitários, seja em suas casas, instituições de amparo, hospitais ou outros. Não ouçamos, nem permitamos que seja ouvido: "ai deste(a) que está só".
Rev. Paulo Audebert Delage
Nenhum comentário:
Postar um comentário