ANO LXII - Domingo, 06 de março de 2005 - No 3097
A LEI DA PERFEITA LIBERDADE
Um artigo publicado no ano de 1992 nos Estados Unidos constatou a profundidade do abismo moral em que a sociedade americana - de imensa maioria protestante - mergulhou nas últimas décadas. Segundo esse artigo, 74% dos entrevistados declararam que roubariam daqueles que realmente não sentiriam falta; 64%, que mentiriam quando lhes fosse conveniente; 53%, que trairiam seu cônjuge, uma vez que este faria o mesmo, dada à ocasião! Estas são apenas algumas das respostas estarrecedoras trazidas pela pesquisa. Contudo, o dado mais chocante, ao meu ver, é este: 93% das pessoas entendem que elas mesmas - e mais ninguém - estabelecem seu próprio padrão de certo e errado!
Não creio que os resultados seriam diferentes no Brasil. Os dados mostram a realidade da sociedade ocidental pós-moderna: num mundo indiferente em relação ao Deus Soberano, o relativismo dita as regras de moral; à parte de Deus, não há qualquer referencial de verdade ou de moralidade.
O relativismo e o pluralismo criam uma ilusão de liberdade: não há limites, não há leis, é o fim da sociedade cristã repressora! Falsa ilusão: sem a clara, precisa, libertadora orientação de Deus, o homem se torna escravo do pecado, se vê perdido em meios às trevas da incerteza. Não é possível encontrar terreno sólido, instrução precisa sobre o certo e o errado, uma vez desprezada a luz que provém da Escritura.
Diante desse quadro, a Igreja não pode se calar. Cabe a nós, chamados para sermos sal num mundo em putrefação, luz num ambiente de trevas, declarar em alta voz que há um Deus Soberano, e este Deus não está em silêncio! Ele falou por meio de Sua Santa Palavra, e declarou o que requer do homem.
Deus nos deu sua Lei Moral, resumida nos Dez Mandamentos. Essa Lei é perfeitamente libertadora. Ao mostrar nossa triste realidade de total depravação, ela nos dirige a Cristo, como única esperança de redenção, diante de um Deus plenamente Santo. E aquele que se dirige a Jesus com o coração contrito e humilhado, por certo encontrará prazer em cumprir a Lei do Senhor, não como forma de auto-justificação, mas como um culto de louvor e gratidão ao seu Senhor e Mestre, uma prova de amor a Jesus. Afinal: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama..." (Jo 14.21).
Rev. Davi Miguel Manço
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