ANO LXXV - Domingo, 04 de março de 2018 - Nº 3775
DECADÊNCIA FAMILIAR
“Os filhos apanham lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à rainha dos céus; e oferecerem libações a outros deuses para me provocarem à ira” (Jeremias 7: 18).
DECADÊNCIA FAMILIAR
“Os filhos apanham lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à rainha dos céus; e oferecerem libações a outros deuses para me provocarem à ira” (Jeremias 7: 18).
A corrupção era flagrante, disseminada e extensiva em Israel. A decadência chegara ao seu limite e intervenção de Deus de forma punitiva não se faria tardar. O profeta Jeremias foi levantado por Deus para clamar ao povo para que se arrependesse e voltasse ao caminho do Senhor, mas não logrou êxito e o povo foi levado em cativeiro por 70 anos.
O texto deixa ver que havia participação estrutural de toda a família no que concernia ao desvio da genuína e verdadeira adoração; pai, mãe e filhos envolvidos no processo de preparação para adoração de ídolos pagãos. A ‘deusa’ aqui referida é Astarote ou Astarte (fenício) ou Istar (assírio), representada pela lua ou pelo planeta Vênus (confundido com estrela), cujo brilho noturno era marcante. Não se deve confundir com a colocação feita em relação a Maria, chamada por certa corrente de tradição cristã como “Rainha do Céu”. Aqui é culto idólatra vinculado aos astros (prestavam adoração aos exércitos dos céus), imaginando (como ainda hoje) que tais astros gerassem influência sobre a vida e destino das pessoas.
Desejo ressaltar a situação lamentável e triste do envolvimento de todos os segmentos da família em tal processo. Não parece ser tão distante ou diferente de nossos dias em que presenciamos situação de afundamento de toda a família no processo de degradação e decadência. A contaminação vai atingindo todas as esferas e áreas do lar. Pais e filhos sendo destruídos e levados juntos nesse ambiente de rejeição aos valores do Reino de Deus e dos padrões da Fé Cristã e Bíblica. Pais mergulhados na obsessão pelo culto ao prazer, ao sucesso, ao corpo, arrastando consigo os filhos, que acabam sendo partícipes neste nefando processo.
Como família precisamos redescobrir o significado do viver juntos a fé evangélica que “uma vez para sempre foi entregue aos santos” (Judas 3), não apenas ensinando aos filhos o caminho do Senhor, mas enquanto “andamos pelo caminho” (Dt. 6: 7), ou seja, andando junto com eles no mesmo caminho. Se não tem tido esta graça e bênção, clame e suplique ao Senhor para alcançar tal vitória, estando juntos cultuando e servindo ao Senhor.
Rev. Paulo Audebert Delage
Nenhum comentário:
Postar um comentário