ANO LXXIV - Domingo, 14 de agosto de 2016 - Nº 3694
PATERNIDADE
PATERNIDADE
Neste domingo é celebrado, no Brasil, o dia dos pais, ensejando, mais uma vez, troca de presentes e expressões de carinho e afeto dos filhos para com seus genitores, mesmo que por direcionamento de caráter comercial. A importância de tal manifestação de carinho dos filhos pelos pais (masculino) é indiscutível e os pais devem encarar como privilégio ser alvo de tais demonstrações.
Na esfera da revelação bíblica é muito forte a expressão divina em termos da paternidade. Esta é uma das mais consagradas formas de revelação de Deus, ou seja, sua figura como pai. Isso aponta para aspectos culturais do Médio Oriente antigo vinculados à proteção, cuidado, provisão, sustento, aconchego, força, direção, entre outros. Esse fato nos coloca (a nós pais) como ligados a dois aspectos: privilégio e responsabilidade.
O aspecto do privilégio ocorre pelo fato de Deus se apresentar como pai, valorizando nossa figura, posição e papel. Sermos pais e termos o ser de Deus referido como figura paterna, nos torna grandemente honrados e dignificados. Mas, ao lado do privilégio caminha a responsabilidade. Assim, se é grande o privilégio de termos Deus apresentado como pai, não é menor nossa responsabilidade, posto que nossos filhos terão a percepção da paternidade divina na dimensão da paternidade humana manifesta por nós.
A pergunta, portanto, se faz imperativa: qual a concepção que seus filhos e filhas têm sobre o ser paternal de Deus, com base no referencial paterno que podem perceber em você? Podem eles e elas chamar a Deus, Pai, sem qualquer problema de associação inadequada e imprópria ligada à violência, descaso, indiferença, desinteresse, fraqueza ou exigência exacerbada e desmedida? Neste dia dos pais, sejamos nós pais que reflitam a "paternidade divina" e não sejamos impedimento a nossos filhos e filhas de terem a adequada percepção de Deus e poder chamá-LO, de fato, PAI.
Rev. Paulo Audebert Delage
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