ANO LXXII - Domingo 11 de janeiro de 2015 - Nº 3611
CULTO E SUBORNO ESPIRITUAL
CULTO E SUBORNO ESPIRITUAL
Há muitos tipos de cultos religiosos, como também existem muitas espécies de suborno espiritual. A essência do culto é a comunicação autêntica da criatura com o Criador em atos de louvor, gratidão, confiança e submissão amorável. Mas a pecaminosa astúcia humana induz o homem à prática de um artifício religioso inócuo e interesseiro. Caim fez oferta a Deus. O fariseu do templo orou a Deus. No fim dos tempos, segundo Cristo, muitos que “realizaram maravilhas em nome de Cristo” serão declarados, por Ele, desconhecidos ....
O ato religioso acompanhado, ou não, de sacrifícios, de ofertas, de boas obras, de moralismo, com o fim de alcançar favores divinos, além de pagão, não passa de um ingênuo ato de suborno ao Ser Supremo.
“De que me adianta a multidão dos vossos sacrifícios? Estou enjoado dos vossos sacrifícios”, dizia Isaías, o profeta da parte de Deus, para concluir que o “culto formal com o coração (o amor) longe de Deus é estupidez”. Além de inútil, se transforma em afronta à própria consciência da soberania de Deus.
Segundo o padre Vieira, muitos que condenaram a “idolatria do bezerro de ouro” não se deram conta de que eram adoradores do “ ouro do bezerro ...”. São Lucas registra (cap. 18.9) que Jesus proferiu a parábola do fariseu e do publicano para “uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros”.
Religioso e moralista, o fariseu orou no templo, mostrando-se zeloso em não praticar o erro dos outros e escrupuloso na prática de dízimos e do culto formal... e mesmo assim não saiu justificado. Ao passo, e em contraste, o publicano desprezado, que orou contrito e humilhado, apelando para a misericórdia divina, saiu com a alma aliviada, porque sua religião consistia essencialmente em reconhecer que somente na entrega da criatura humildemente ao Criador se encontra o sentido da salvação.
Por isso mesmo, só o vazio do humano poderá permitir a plenitude do divino, na criatura. Só os que têm fome e sede serão saciados. Há um caos externo para os cheios de si mesmos, enquanto existe uma Plenitude circundando para os vazios de si mesmos.
O ato religioso acompanhado, ou não, de sacrifícios, de ofertas, de boas obras, de moralismo, com o fim de alcançar favores divinos, além de pagão, não passa de um ingênuo ato de suborno ao Ser Supremo.
“De que me adianta a multidão dos vossos sacrifícios? Estou enjoado dos vossos sacrifícios”, dizia Isaías, o profeta da parte de Deus, para concluir que o “culto formal com o coração (o amor) longe de Deus é estupidez”. Além de inútil, se transforma em afronta à própria consciência da soberania de Deus.
Segundo o padre Vieira, muitos que condenaram a “idolatria do bezerro de ouro” não se deram conta de que eram adoradores do “ ouro do bezerro ...”. São Lucas registra (cap. 18.9) que Jesus proferiu a parábola do fariseu e do publicano para “uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros”.
Religioso e moralista, o fariseu orou no templo, mostrando-se zeloso em não praticar o erro dos outros e escrupuloso na prática de dízimos e do culto formal... e mesmo assim não saiu justificado. Ao passo, e em contraste, o publicano desprezado, que orou contrito e humilhado, apelando para a misericórdia divina, saiu com a alma aliviada, porque sua religião consistia essencialmente em reconhecer que somente na entrega da criatura humildemente ao Criador se encontra o sentido da salvação.
Por isso mesmo, só o vazio do humano poderá permitir a plenitude do divino, na criatura. Só os que têm fome e sede serão saciados. Há um caos externo para os cheios de si mesmos, enquanto existe uma Plenitude circundando para os vazios de si mesmos.
Rev. Zaqueu de Melo
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