ANO LXXI - Domingo 2 de março de 2014 - Nº 3566
AO SENHOR E AOS ÍDOLOS
Encontramos, no Segundo Livro dos Reis (17: 33 e 41), uma expressão muito intrigante: “Assim estas nações temiam ao Senhor e serviam as suas próprias imagens de esculturas.” A pergunta que se faz é a seguinte: “Como podem imaginar ser possível isso?” Mas, infelizmente há muitos que têm esta mesma mentalidade e postura.
Encontramos algo parecido em outras partes da Bíblia. Josué coloca o povo em posição de decisão ao dizer: “Escolhei hoje a quem sirvais [...] Deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao Senhor...” (Js. 24: 15 e 23). O povo “servia” ao Senhor, mas mantinha os ídolos consigo. Elias, no confronto com os profetas de Baal, fala ao povo de Israel o seguinte: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o.” Vemos que, mais uma vez o povo mantinha posição de “servir” ao Senhor e a Baal. O apóstolo Paulo coloca a questão de forma direta e contundente: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios: não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.” (I Co.10:21).
Jesus nos fala sobre a necessidade da integralidade de nosso coração (ser) ao Senhor, sem dividi-lo, pois “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um, e amar ao outro: ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mt.6:24). Integridade de coração sem dividir a adoração.
Muitos há que parece não entender tal ensino das escrituras. Insistem em pensar poderem levar uma vida dupla ou de conduta diversa, temer ao Senhor, mas levar uma vida contrária às diretrizes do próprio Deus a quem dizem adorar e servir, imaginando que Ele aceita tal situação. Vida econômica irregular, vida sexual inadequada ao ensino do Senhor, vida social em desarmonia com a Palavra de Deus, vida pessoal de impureza, mas vida religiosa “em dia” com “cumprimento formal de compromissos religiosos”, isso é abominação ao Senhor. (Is. 1: 10-17). Vida íntegra, pura, reta e santa fora do templo, para que sua vida “no templo” seja agradável e não abominável aos olhos do Senhor.
Rev. Paulo Audebert Delage
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