ANO LXVII - Domingo, 13 de setembro de 2009 - Nº 3333
"Bem-aventurados aqueles que lavam suas vestiduras [no sangue do Cordeiro]..."(Ap.22:14) .
Esta é a última bem-aventurança desta série de 40 que escrevemos em nosso boletim. É, também, a última que encontramos nas Escrituras Sagradas cristãs. Penso que não poderia ser texto mais sugestivo a encerrar esta sequência de mensagens pastorais. Não se vai tratar de aspectos técnicos e manuscritológicos quanto ao texto, porque o lugar e o espaço não são apropriados. Contemplemos e louvemos a Deus pelo que vemos escrito, que é certo e verdadeiro.
Pode parecer difícil, em uma linguagem não simbólica e não mística, entender o que está dito. Pois como se pode estar lavado, se o agente de lavagem é o sangue. O que ali for lavado ficará menos limpo, ou mais manchado. No entanto, trata-se de linguagem religiosa e própria do cristianismo. Devemos nos lembrar que a diretriz bíblica é que "a vida está no sangue" (Lv.17:11) e "o sangue é a vida"(Dt.12: 23), fazendo-nos entender que lavar no sangue é lavar na vida, ou seja, ser purificado(a) por meio da vida do Cordeiro. É a vida de Jesus em nós, que nos faz sermos purificados e limpos de nossos pecados e iniquidades.
O que assim é purificado, desfruta destes privilégios: direito a usufruir da árvore da vida e entrar pelas portas na cidade santa. Claro que esta Árvore da Vida (nos lembra o Gênesis) é o próprio Senhor Jesus de quem nos alimentaremos (espiritualmente) para todo o sempre, vivendo Sua vida e santidade. Quanto ao entrar na cidade pelas portas, não significa que se possa entrar pela janela ou de outro modo (jeitinho brasileiro). O sentido é de ser aberta e poder entrar, não ficar de fora, excluído e exposto às trevas e males; "fechou-se a porta"(Mt.25: 10), como a arca de Noé que teve sua porta fechada pelo próprio Deus e ninguém mais entrou.
Bem-aventurados e felizes somos nós, que temos lavado nossos pecados no sacrifício de Jesus, o Cordeiro, pelo que temos direito a esta Árvore da Vida e poderemos entrar na cidade santa, a Jerusalém Celestial, pelas portas abertas pela graça e misericórdia do Senhor nosso Deus. A nós só nos resta dizer com humildade e gratidão: Louvado seja o Senhor por tão grande salvação.
Rev. Paulo Audebert Delage
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