ANO LXII - Domingo, 10 de abril de 2005 - No 3102
Sinais no céu!
Há muito que o ser humano procura no céu respostas para os mistérios da vida. A imensidão que há acima da terra parece incutir em nós a nítida impressão de que algo maior, superior e mais nobre do que a humanidade está influenciando nossos destinos e governando nossa vida. A astrologia, por exemplo, debruça-se sobre o movimento dos astros procurando sinergia em seu traçado com a história de vida de um indivíduo.
Na época de Jesus, igualmente os religiosos da época pediram-lhe um sinal vindo do céu. E, contrariamente ao que poderiam esperar, Jesus negou-se a fazê-lo.
Afinal, não seria aquela uma boa oportunidade para acabar com as discussões intermináveis sobre a relevância da pessoa de Jesus para aqueles dias? Quem era ele? Era mesmo o Messias como as pessoas afirmavam? Seria o redentor de Israel ou o profeta aguardado há séculos? Nada melhor do que pedir para ele mesmo encerrar a dúvida mostrando um "sinal do céu".
A resposta de Jesus mostra que nem sempre nossas curiosidades teológicas são de fato importantes para encontrarmos a Deus e reconhecermos sua ação na história. Eles estavam diante do Filho de Deus, pediram-lhe um sinal do céu e receberam uma resposta negativa!
O mestre desafiou aqueles líderes religiosos a usarem a mesma facilidade que tinham demonstrado com os sinais terrenos para entenderem o sinal do céu. Haviam demonstrado capacidade de olhar para as nuvens e dizer se haveria chuva à tarde ou se o dia seria ensolarado. Então, por que não saberiam discernir os tempos de Deus olhando para as evidências claras da sua aproximação?
Jesus lhes disse que além do sinal de Jonas, nenhum outro seria dado. Jonas ficou três dias e três noites no ventre do peixe e depois foi cuspido para fora. O filho de Deus ficaria três dias na sepultura e depois seria trazido de volta à vida.
O ensino é claro. Aqueles que não creriam na ressurreição, ou seja, no túmulo vazio, não creriam de igual forma em nenhuma outra manifestação celestial. Aqueles que, na simplicidade do seu coração creram que Deus estava agindo no seu dia-a-dia, reconheceram no domingo depois da Páscoa que, de fato, aquele homem era o Filho de Deus.
Em outras palavras, aqueles que são de Deus vêem as obras de Deus no seu dia-a-dia e as entendem como um sinal do céu.
Rev. Márcio
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