ANO LIX - Domingo, 06 de janeiro de 2002 - No 2932
HOJE TAMBÉM É EPIFANIA
Deus se revela! Deus mostra sua face, seu amor, sua santidade e justiça, seu desejo de reconciliar o homem com Ele e reconciliar o homem com o seu semelhante e irmão.
A questão que se levanta é: onde alguém pode ver essa face bondosa de Deus? Como percebe-la? O apóstolo Paulo nos dá a resposta em sua 2ª Carta à Igreja de Corinto: "Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" (6.16).
O santuário de Deus entre os homens, era no passado de Israel a parte mais interior do tabernáculo e, posteriormente, do templo. Ali o Senhor se fazia presente. Ali o Senhor era adorado. Mas no texto acima citado, Paulo não se refere a uma construção edificada por mãos humanas, mas à vida dos crentes, dos seguidores de Jesus. Eis o lugar, hoje. Templos vivos e em movimento, templos do Espírito Santo. Lugar onde Deus deve ser adorado, servido e honrado. É aí que Deus se torna, hoje, perceptível às pessoas que nos cercam e que O procuram com sinceridade de coração.
A Escritura não diz que o cristão, por ser santuário de Deus, deve ausentar-se do meio onde vive. Mas declara que não pode haver cumplicidade com o maligno, apresente-se este como um ídolo ou um bruxinho simpático. Não pode haver comprometimento moral ou troca de favores entre luz e trevas. É neste sentido que entendemos o "retirai-vos... não toqueis" (v.17). Esse distanciamento do mal tem o sentido tanto de proteger o crente das contaminações de um mundo enfermo quanto de mostrar o que Deus realizou em sua vida.
O cristão deve revelar a presença e a ação de Deus, que salva e santifica. Sempre que isto ocorre, há epifania: Deus está se revelando, tornando-se perceptível, para que alguém mais - você possivelmente - seja liberto e desfrute a experiência da salvação.
Sim, somos o santuário do Deus vivo e verdadeiro. Sem nenhum mérito de nossa parte, mas pelos méritos eternos de Cristo Jesus. Esta é uma realidade espiritual que pode estar acima da minha pequena fé, mas quero, decido e aceito que seja um fato em minha vida. E na sua?
Rev. Eudes
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