ANO LIX - Domingo, 20 de janeiro de 2002 - No 2934
VIDA DEVOCIONAL
1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002
Nossa vida espiritual é tão carente de alimentação e exercícios quanto a vida física. Para manter o nosso organismo saudável, quantas refeições fazemos por dia? Três? Sem contar com os lanches e as "boquinhas", certo?
De que se alimenta o nosso espírito para manter-se saudável? De um sermão uma vez por domingo? De um culto de oração uma vez na semana? De uma leitura ocasional da Palavra de Deus? Cuidado, nosso espírito pode também se alimentar de fofocas, críticas, comentários maliciosos e outras coisas indigestas. E ao invés de se fortalecer contra os embates da vida, fica fraco e doente.
Paulo, orientando ao seu filho na fé, recomenda a Timóteo o cuidado de alimentar-se "com as palavras da fé e da boa doutrina" e exercitar-se "pessoalmente na piedade". (I Tm 4.6,7)
O que entendemos por piedade? O Aurélio define piedade como "amor e respeito às coisas do espírito", "devoção", "compaixão", "comiseração". O mesmo Aurélio define devoção como "ato de dedicar-se a alguém", "prática religiosa". Para alcançarmos uma plenitude espiritual devemos incorporar à nossa rotina diária - eu disse diária - a prática da piedade.
Vida devocional é, pois, uma dieta balanceada da Palavra de Deus com a oração e a prática cristã (culto público, testemunho, vigília, jejum, evangelização, etc.) Conseqüentemente, bênçãos da vida devocional são todos os exercícios que produzem, aperfeiçoam e sustentam a comunhão do pecador redimido com o próprio Deus. Uma vida devocional elimina, por intermédio de Cristo, a distância que há entre o homem e Deus e leva o crente a experimentar intimidade com o Senhor.
Agora não nos enganemos. Como diz o Rev. Elben Lenz César, "a vida devocional demanda compromisso, esforço e tempo. Assim como as plantas que vivem no deserto são obrigadas a aprofundar suas raízes para colher a umidade nas profundezas do subsolo, o crente precisa se disciplinar até descobrir e explorar os veios de água viva para se manter espiritualmente vivo e vigoroso".
Todos nós clamamos por um avivamento genuíno. Mas, "avivamento sem vida devocional não existe. Fica só na euforia, na festa, na busca de sinais e prodígios, na superficialidade. Se acontece, logo se dissipa. Não sobrevive ao tempo. Não produz santidade de vida, não mexe com o caráter do crente. A maior glória de um avivamento é levar uma igreja toda às práticas devocionais."
Rev. Eudes
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