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domingo, 16 de abril de 2000

RAMOS: CELEBRAÇÃO OU EMPOLGAÇÃO?

ANO LVII - Domingo, 16 de abril de 2000 - No 2842

RAMOS: CELEBRAÇÃO OU EMPOLGAÇÃO?

No calendário litúrgico o "Domingo de Ramos" refere-se à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém no primeiro dia daquela que seria sua derradeira semana. Sob vivas de júbilo e perante uma multidão em festa, a população da cidade e os discípulos presenciaram a cena de um homem aclamado e bendito como aquele que viera em nome do Senhor. Uma referência messiânica atribuída àquele nazareno montado em um jumentinho.

Esta mesma multidão gritaria eufórica novamente, apenas seis dias depois, para que Jesus fosse condenado à morte de cruz. O que teria acontecido naquele curto espaço de tempo nos leva a questionar a experiência do domingo fora verdadeira adoração ou pura empolgação.

De qualquer forma, fica evidente a inconstância do ser humano no trato de questões importantes que dizem respeito à sua própria vida.

Será que o mesmo ainda acontece em nossos dias? Poderíamos vislumbrar, ao final do século XX, um cenário onde as pessoas continuam mudando de posição tão rapidamente em relação às coisas espirituais?
Hoje vemos grandes manifestações públicas de alegria onde os cantores, a música, o aparato eletrônico, as "ginásticas aeróbicas", os refletores, o palco e todo o contexto conduzem as pessoas a uma manifestação extasiada de suas emoções. A julgar pelas horas passadas num ambiente assim, diríamos que ali existe real adoração e louvor a Jesus, quase numa reprodução do acontecido naquele domingo de Ramos.

Mas nem é preciso passarem-se os seis dias para que uma triste mudança ocorra. Esta multidão reúne-se novamente para cuspir no rosto de Jesus e desprezá-lo como um criminoso. Fazem isso nas reuniões onde entregam-se às drogas, lícias ou não, às músicas frenéticas, à dança sensual, às luzes multicoloridas que convidam aos prazeres, ao sexo ilícito, às arruaças e à irresponsabilidade.

A adoração verdadeira, que pode existir num momento público e eufórico, se confirma na vida dedicada à devoção, à prática do amor, ao cumprimento de suas responsabilidades civis, ao bom uso de suas emoções, ao cuidado no falar, à alegria comedida, à fidelidade ao Senhor. Estas atitudes não se encontram na empolgação, mas sem elas não existe adoração.

Rev. Márcio

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