ANO LVII - Domingo, 23 de abril de 2000 - No 2843
PÁSCOA: COELHO OU CORDEIRO?
A celebração de Páscoa é marcada atualmente por uma forte ênfase comercial. Chocolates fabricados em diversas formas são trocados entre pessoas para alegria da criançada. O coelho é associado como o doador da guloseima esperada nesta época.
Esses e outros costumes culturais, a maioria dos quais importados de outras terras, não seriam nocivos em si mesmos caso seu uso não substituisse o vrdadeiro significado e simbolismo da Páscoa.
Tanto o coelho quanto o chocolate tem sua razão de estarem tão presentes numa celebração da Páscoa. Mas interessa-nos recordar as verdadeiras razões desta festa de cunho religioso.
A Páscoa foi originalmente instituida quando da saída dos hebreus do Egito. Na noite da última praga divina sobre Faraó e seu povo, todos os hebreus deveriam imolar um cordeiro novo, sem defeito nem mácula, esparramar parte do seu sangue sobre os portais de suas casas, assá-lo e comê-lo de pé, acompanhado de ervas amargas. As casas manchadas pelo sangue do puro cordeiro foram poupadas da morte naquela noite, conforme o mandamento divino.
Quando tudo isso aconteceu, a alegria pela preservação da vida foi aumentada pelas riquezas que os hebreus tiraram dos seus vizinhos antes de deixarem a terra. Deus tinha dado vida, alegria e riqueza em um momento de luto, dor e morte.
Séculos depois o significado da Páscoa seria ampliado para todos os povos. O Cordeiro de Deus tirou o pecado do mundo quando morreu na cruz e o seu sangue foi espalhado sobre o madeiro. A morte, pagamento justo e merecido do pecado de todos os homens, é retirada daqueles que participam deste sacrifício pela fé. "O sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo o pecado". Não apenas somos livres da morte como temos acesso à nova vida mediante a ressurreição de Jesus. Recebemos das riquezas eternas, bem como da alegria pela companhia de um redentor vivo e presente em nossas vidas.
A Páscoa verdadeira foi protagonizada por um cordeiro. O cordeiro de Deus, Jesus. Ele é o vencedor do pecado, da morte e do inferno, e oferece esta mesma vitória àqueles que unem-se a ele pela fé.
Esse é o brado dos que experimentaram a verdadeira páscoa: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?"
Rev. Márcio
Nenhum comentário:
Postar um comentário