ANO LXXI - Domingo 23 de fevereiro de 2014 - Nº 3565
“PAZ, PAZ; QUANDO NÃO HÁ PAZ...” (Jeremias, 6:14; 8:11)
Causa-nos tristeza ao vermos e ouvirmos notícias em várias partes do mundo sobre conflitos e mortes. Ucrânia, Egito, Síria, Tailândia, Venezuela e outros lugares enfrentando situações de lutas internas, revoltas e agitação. Ficamos pasmos e temerosos, pois a paz (individual ou coletiva) se torna mais e mais ameaçada.
O texto do profeta Jeremias também fala de algo parecido, tratando-se do ambiente social reinante em Israel naqueles dias. Falsos profetas anunciavam a existência de paz, quando, na verdade, não havia paz alguma. Apenas uma falsa sensação de tal situação, uma ilusão de calmaria e falta de aflição. Embora houvesse o anúncio de paz, ela não estava presente. Não havia paz.
De certa forma isso ainda se verifica no nosso contexto hodierno. Há quem insista em que tudo está em paz, tudo é paz; mas não há paz. Ao olharmos a situação mundial vemos uma quantidade imensa de conflitos étnicos, religiosos e sociais com beligerância e atrocidades. As cidades não são lugares seguros e confiáveis, onde o crime campeia e a violência aumenta. Claro que não existe uma histeria coletiva de pânico, mas a situação vai se agravando e a sensação de insegurança e a consequente falta de paz aumenta. Arrastões em restaurantes, invasões em domicílios, assaltos a instituições financeiras, violência doméstica, crescimento da incidência de abuso sexual de menores, tráfico de drogas, “rolezinhos” e outras tantas misérias sociais. Paz, paz, quando não há paz.
Jesus nos diz: “Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou” (João 14:27). Esta é a solução; a paz genuína e verdadeira. Em Cristo há e haverá esta paz que “excede a todo entendimento” (Filipenses, 4:7), sem falsear ou enganar com nome ilusório ou fantasia. Em e com Cristo, mesmo no meio da tormenta, poderemos desfrutar a verdadeira paz; a paz de Deus.
Rev. Paulo Audebert Delage