ANO LXVIII - Domingo, 03 de abril de 2011 - Nº 3414
“Não vos engane Ezequias, dizendo: o Senhor nos livrará. Acaso os deuses das nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria?” (Isaías 36: 18).
A cena na qual esta declaração se encontra é o sítio à cidade de Jerusalém. O rei da Assíria já havia conquistado várias cidades e agora chega e acampa-se fora dos muros de Jerusalém para fazer-lhe o cerco e levar a cidade a render-se pela fome e sede.
O mensageiro (Rabsaqué) enviado pelo rei da Assíria, afronta não apenas o rei Ezequias, mas o Senhor dos Exércitos, o supremo Rei . A mensagem do assírio é acintosa e desafiadora. O conselho nela contido, exibe o desdém para com o Senhor e afirma não ser Ele capaz de livrar aqueles que nEle confiam. Aconselha o povo a desistir de confiar em Deus e se entregar aos exércitos inimigos e invasores.
A situação é delicada. O risco está claro, pois os exércitos da Assíria haviam destruído cidades fortes e bem edificadas; levaram cativos povos inteiros. Seu poder bélico era quase inigualável naquele momento. Muito provavelmente o mais sensato seria render-se.
Há conselhos que têm elementos de sensatez e lógica, mas estão em descompasso com a vontade revelada de Deus. Claro que superar estes conselhos exige de nós uma grande parcela ou fração de confiança e arrojo na graça do Senhor. Manter-nos fiéis a Ele e enfrentarmos a oposição e exércitos inimigos que nos pressionam e assediam, não é fácil.
Tantas vezes temos enfrentado situações que guardam semelhanças com a vivida por Ezequias. Não enfrentando um exército que cerca nossa cidadela, mas uma situação de pressão sobre nós que tenta nos fazer desistir da confiança no Senhor. A proposta ou conselho é que nos rendamos às forças inimigas, que nos entreguemos e assumamos seus costumes e condutas.
Rejeitemos tais conselhos. Mantenhamo-nos firmes na confiança no Senhor, mesmo que isto envolva muito sacrifício e lágrimas. O Senhor haverá de honrar àqueles que O honram.
Rev. Paulo Audebert Delage
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