ANO LXIII - Domingo, 20 de novembro de 2005 - No 3134
SEI LÁ...
Certa emissora de televisão, em pesquisas pelas ruas de nossa cidade, perguntou principalmente aos jovens, sobre as datas de 15 e 19 de novembro: "Você sabe o que se comemora hoje?". A grande maioria respondeu: "Sei lá...". É! Parece que criamos um novo feriado nacional, o dia do "Sei lá!".
Comemoramos na semana finda, duas datas significativas, historicamente, para a Nação Brasileira: A Proclamação da República e o dia da Bandeira Nacional.
Os feriados cívicos passaram a ser vistos como algo antiquado e careta.
Ontem, Dia da Bandeira, lamentavelmente, pouquíssimas delas foram hasteadas. Nem sequer nos logradouros públicos ou nas instituições estatais elas podiam ser admiradas.
Quando éramos crianças, um feriado cívico exigia preparação, meses antes. A "fanfarra" da escola iniciava com grande antecedência, seus ensaios. As "balizas" iam à frente do desfile numa agilidade que impressionava.
Aprendemos a amar nossa bandeira ainda na infância. Éramos ensinados a reverenciar o Pavilhão Nacional. Com grande emoção, mãos sobre o coração, cantávamos o Hino à Bandeira, entoando a majestosa poesia de Olavo Bilac: "Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz!".
Perdemos todo o nacionalismo. Há um sentimento quase apátrida, antinacionalista, impregnado da filosofia de uma nova-era, que parece ter contagiado a todos. O objetivo desse desconstrucionismo mundial é minar os fundamentos da família, da Pátria e da autoridade.
O povo de Israel sempre teve bandeiras. Cada tribo tinha a sua, às portas das tendas (Nm. 2:2). O salmista chega a dizer: "Em nome do nosso Deus hastearemos nossas bandeiras." (Sl. 20:5).
Diante da nova filosofia de que somos cidadãos do mundo e que fazemos parte de uma Grande Aldeia Global, esquecemo-nos de nossas raízes e perdemos nossa consciência de brasilidade. Tornamo-nos apátridas!
Não será esta uma das causas de tamanha onde de corrupção e imoralidade que inundou o Brasil?
Castro Alves em seu famoso poema "Navio Negreiro" extravasa seu repúdio veemente diante daquele quadro de horror, o sofrimento dos escravos: "Existe um povo que a bandeira empresta, p´ra cobrir tanta infâmia e cobardia! E deixa-a transformar-se nesta festa em manto impuro de bacante fria!... Antes te houvessem roto na batalha, que servires a um povo de mortalha! Levantai-vos, heróis do novo mundo... Andrada! Arranca este pendão dos ares! Colombo! Fecha a porta de teus mares!".
Como Igreja não podemos nos acomodar passiva e pacificamente diante desse desconstrucionismo antinacionalista. Inflamemos nossos filhos com a paixão pela Pátria. "Criança, ama o País em que nasceste. Nunca verás País como este".
Amemos o pavilhão nacional e proclamemos com toas as nossas forças: "O Senhor é a nossa bandeira" (Êx. 17:15. Jesus Cristo é o Estandarte a ser erguido bem alto como única solução para nossa querida pátria brasileira.
Rev. Rubens
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