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domingo, 26 de junho de 2016

CALAMIDADE PÚBLICA

ANO LXXIV - Domingo, 26 de junho de 2016 - Nº 3687

CALAMIDADE PÚBLICA

O governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, decretou “estado de calamidade pública” naquela unidade da Federação. A medida tem gerado alguma controvérsia no mundo jurídico, mas reflete uma situação de absoluto caos e descontrole nas contas públicas, estando servidores públicos com salários atrasados, verbas para saúde, educação e segurança inexistentes e, portanto, não repassadas, mas com uma previsão de gastos de cerca de trezentos e cinquenta mil reais em lanche para o governador, secretários e assessores. De fato, é uma calamidade pública, não só do Estado do Rio de Janeiro, mas de nosso País em termos de “desgovernança” até aqui.

Penso que se alia à calamidade pública relativa ao aspecto de finanças a situação geral de nossas cidades, ou seja, aspectos ligados à insegurança, falta de saneamento, descuido com a educação, desleixo com a saúde, entre outros setores da vida nacional. Soma-se a isto tudo a calamidade pública da descompostura moral ligada aos padrões bíblicos de sexualidade. De fato, o que se vê chega às raias da “calamidade pública”.

Nos dias do antigo Israel a situação assemelhava-se à nossa. Veja o que diz o profeta Oséias: “O que só existe é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. Por isso a terra está de luto, e todo que mora nela desfalece [...]” (Os.3:2-3). Parece ser o retrato de nosso momento brasileiro. Assim, é possível perceber que situações de extremo desgaste, beirando a calamidade pública, não são algo apenas de nossos dias e só de nosso país, e tem como origem aquilo que o mesmo profeta aponta: “Porque não há verdade, nem amor e nem conhecimento de Deus” (Os.3:1).

O decreto de “calamidade pública” no Rio de Janeiro expressa uma situação apenas ligada às finanças, mas, é muito mais grave e extenso o problema. A solução é compromisso com a verdade, com o amor e, sobretudo, com o conhecimento de Deus. Somente no exercício destes três compromissos poderemos sair deste deplorável “estado de calamidade pública”. Misericórdia Senhor!

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de junho de 2016

MISANTROPIA

ANO LXXIV - Domingo, 19 de junho de 2016 - Nº 3686

MISANTROPIA

Mais uma notícia de tragédia causada pela intolerância e incapacidade de discordar sem agredir, de divergir sem massacrar, de dissentir sem exterminar. Este morticínio perpetrado por um jovem nos Estados Unidos vem se somar a outros realizados naquele país e a outros efetuados por terroristas em países vários, deixando as autoridades cada vez mais preocupadas com a ocorrência de tais crimes. A explicação é o extremismo, o radicalismo e a misantropia, ou seja, a vontade de atacar ou agredir o ser humano.

Não podemos dizer que isso é coisa só de extremista muçulmano (embora ele fosse muçulmano), mas vimos um jovem (não ligado ao islã) atirar em muitas pessoas dentro de uma igreja metodista. Portanto, não devemos nos apressar em vincular tal fato a uma espécie de “justiça divina contra a manifestação do pecado”. Muitos destes atos foram realizados por pessoas ligadas a manifestação cristã como o IRA (Exército Republicano Irlandês) ou o ETA (Exército de libertação do povo Basco), em que muitos de seus militantes eram, nominais ou não, cristãos. Assim, não devemos justificar tal ato contra as pessoas que estavam naquela “casa noturna”, pois não se pode admitir a violência contra a pessoa humana por causa de suas convicções e opções.

Não foram mortos “gays”, mas pessoas. Não foram torturados cristãos, mas gente. Não foram maltratados negros, mas seres humanos. Não foram violentadas mulheres ou abusadas crianças, mas, sim, cidadãos e cidadãs do mundo, como um de nós, integrantes da mesma raça, a raça humana. A violência contra pessoas de um segmento da sociedade humana é, antes de tudo, violência contra todos nós seres humanos.

Por mais que admitamos que o comportamento homossexual seja condenável à luz da Bíblia, por muito que entendamos ser tal opção de sexualidade afronta aos princípios da fé cristã bíblica, jamais poderemos concordar ou admitir, como cristãos, a violência e a agressão contra tais pessoas. A humanidade parece ficar cada vez menos humana. Deus tenha misericórdia.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de junho de 2016

DOMÍNIO E GOVERNO

ANO LXXIV - Domingo, 12 de junho de 2016 - Nº 3685

DOMÍNIO E GOVERNO
“[...] e tiveres conhecido que o céu domina.” (Daniel 4:26 b).

O governo mundial estava sob a voz de Nabucodonosor, o grande dominador babilônico, cujo império e domínio se estendiam por todo o mundo conhecido de então. Não havia povo que não lhe estivesse submetido, não havia lugar onde seu nome não fosse reverenciado e temido. No entanto, o profeta de Deus fala ao todo poderoso rei de Babilônia: “o céu domina”. O rei ficaria enfermo e perderia o juízo (comeria capim como os animais) e só voltaria ao seu juízo por determinação do Deus Supremo Iavé. Assim foi para que o rei soubesse que, de fato, quem reina, domina ou governa “é o céu”.

Isso é muito fácil de falar e até de se entender quando se tem a concepção de fé acerca do Deus Soberano revelado na Bíblia. No entanto, torna-se profundamente difícil e dramático admitir tal verdade quando, mesmo para nós cristãos regenerados, somos atingidos por circunstâncias dramáticas ou traumáticas da doença terminal, da morte que ceifa sem piedade filhos e netos pelo método da violência das armas ou da corrosão da enfermidade. Situações de profundo luto, angústia, aflição, tribulação, provação e privação nos sacodem violentamente. Como “o céu domina?” Não é possível! Vemos tanta destruição, violência, crimes hediondos (há algum que não seja?) e tudo isso nos leva a indagar: será que o céu domina? Ouvimos e vemos (próximos a nós) tanta mazela moral, tanto descaramento, tanta corrupção, tanta lama e sujeira patrocinados por aqueles que “detêm o poder”. Testemunhamos criança de 10 anos atirando em policiais ou estes atirando naquela (se assim foi) sem que houvesse aquela efetuado disparo contra eles. Por isso indagamos: será que o céu domina mesmo?

“O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e de seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (AP.11:15). Essa é a certeza que estabiliza nosso coração crente, esta convicção faz firme nossa alma, essa esperança acalenta nosso espírito e nos inspira e estimula a não soçobrarmos, desesperarmo-nos ou tornarmo-nos cínicos. Aleluia por continuarmos crendo que, de fato, “o céu domina”.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 5 de junho de 2016

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

ANO LXXIV - Domingo, 05 de junho de 2016 - Nº 3684

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

As notícias veiculadas em programas de reportagem policial vão se tornando cada vez mais comuns e nos trazem certa aversão e repulsa. Há um sensacionalismo e, parece-me, até certa exploração do infortúnio dos que foram vitimados pelos criminosos. Mas, não podemos deixar de compreender que tais notícias (mesmo com a exploração comercial e emocional) oferecem um vislumbre sombrio do que tem envolvido nossas cidades brasileiras, seja no interior do Piauí ou na capital carioca, nas metrópoles ou pequenas cidades interioranas.

Notícias de crimes contra a mulher. Violência sexual, abuso, estupro, espancamento, assassinato por maridos, companheiros ou “ex-parceiros”. Tudo isto vai atingindo a raia do inimaginável e do imponderável. As medidas existentes em lei devem ser aplicadas com rigor na tentativa de coibir tais situações de abuso e desrespeito. No entanto, ainda há muito preconceito e a ideia preconcebida de que “se houve agressão, foi porque fizeram por merecer”. Isso não pode ser usado como argumento para diminuir a rudeza dos fatos e minorar a responsabilidade dos seus praticantes. Ninguém, neste particular, merece ser violentada ou violentado.

Estamos nós, cristãos evangélicos, fora de tal estatística infeliz e miserável? Não me refiro ao fato de não estarem as mulheres cristãs sujeitas a ataques perpetrados por indivíduos fora de seus contatos e relacionamentos. Refiro-me à incidência de maior índice, ou seja, a violência doméstica. Há muitos casos em nosso meio (“cristão”), mas que não são apresentados por constrangimento ou medo do “escândalo”. Maridos “cristãos” que ofendem verbal, psicológica e fisicamente a esposa, afrontando não só as leis civis de nosso país, mas insurgindo-se contra as diretrizes bíblicas, tornando-se incursos na ação judicatória de Deus em Sua disciplina e justiça. A manifestação de violência doméstica não é questão “entre marido e mulher”, mas de postura cristã quanto à disciplina e repreensão a tais comportamentos, e isso a bem do Nome de Cristo e glória de Deus. O fim da violência em geral, e contra a mulher em particular, começa em casa e cabe a nós darmos o exemplo. Deus nos ajude e guarde.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.