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domingo, 28 de junho de 2015

O CRISTÃO NUMA SOCIEDADE DE CONSUMO

ANO LXXIII - Domingo, 28 de junho de 2015 - Nº 3635

O CRISTÃO NUMA SOCIEDADE DE CONSUMO

Com a revolução industrial o processo produtivo deixou de ser artesanal e passou a ser mecanizado e a produção passou a ser maior do que as pessoas estavam acostumadas a consumir. Formou-se então uma grande lacuna entre produção e consumo. E para preencher esta lacuna havia duas saídas: diminuir a produção ou estimular o consumo. A opção escolhida foi a segunda e assim nos tornamos uma sociedade de consumo. E a capacidade aquisitiva tornou-se gradualmente em fonte de prestígio e, consequentemente, na medida e no critério para se estabelecer o valor do indivíduo. Você agora é um consumidor, e o critério para se medir o valor e a importância de um consumidor é o seu poder aquisitivo. É isso que a sociedade de consumo crê e é isso que ela prega ainda que de maneira tácita. Toda vez que ligamos a televisão nós estamos sendo sutilmente ensinados a viver como adeptos desta filosofia da cultura consumista.

Todavia, Cristo ensinou que a vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui (Lucas 12.15). Portanto, o discípulo de Cristo não mede o valor e a importância das pessoas pelo seu poder aquisitivo. Além disso, Paulo também fez a seguinte recomendação a Timóteo: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos” (1 Timóteo 6.17). O orgulho é aquele sentimento de ser melhor e mais importante do que os demais. Então, Paulo quer que os crentes ricos entendam que o fato de terem posses não faz deles pessoas melhores ou mais importantes do que os demais. Assim, tanto Paulo quanto Jesus Cristo desmentem a tese de que o valor da pessoa e a importância dela são diretamente proporcionais ao seu poder aquisitivo.

É claro que temos que consumir coisas para viver. Eu não estou dizendo também que você peca quando vai ao Shopping. Mas, como discípulo de Cristo você tem que rejeitar a tese de que o valor das pessoas depende do seu poder aquisitivo. Todas as vezes que você valoriza ou desvaloriza uma pessoa com base neste critério, você se torna um mundano e peca contra Deus. E no mo¬mento em que você começa a se sentir infeliz e abatido por causa de seu poder aquisitivo você começa a seguir o curso deste mundo. Como discípulo de Cristo você precisa aprender a viver contente em toda e qualquer situação (Filipenses 4.12,13).

Rev. Paulo Ribeiro Fontes

domingo, 21 de junho de 2015

SOB A LEI OU ACIMA DELA?

ANO LXXIII - Domingo, 21 de junho de 2015 - Nº 3634

SOB A LEI OU ACIMA DELA?

Vivemos no Brasil uma situação muito estranha e constrangedora no tocante à lei. Impressiona vermos que alguns não querem colocar-se sob o império e ditames da lei, mas pensam estar pairando serenamente acima dela, sendo criaturas excepcionais e, portanto, não sujeitáveis às determinações da lei, como os reles mortais. É constrangedor quando o presidente da Câmara dos Deputados se ira e fala de “perseguição” por parte do Procurador Geral da República, pelo fato de este ter apontado o nome daquele em certa situação de suspeita, devendo-se apurar e esclarecer as suspeitas. Outro caso emblemático é a revolta e o pronunciamento sobre a chamada do responsável pelo Instituto Lula para prestar esclarecimentos em investigação de mal uso de verbas. É visto como um absurdo a apuração de tais indicações, pois pode “macular” ou atingir a pessoa do ex-presidente Lula. Poderíamos alinhar outros casos para indicar a falsa ideia de alguns quanto a estarem acima da lei. Não estão. Ao contrário, estão igualmente debaixo da lei e devem responder perante ela.

Há, igualmente, pessoas que se imaginam acima da Lei do Senhor e pensam poder solucionar o seu problema, no que diz respeito ao pecado, por si mesmos, enganando-se e julgando estarem acima da lei e, portanto, fora de seu alcance. Ninguém está acima da Lei ou fora se seu império. A Bíblia é clara nesse ponto e ensina que não se pode fugir a tal fato, posto haver Deus encerrado tudo e todos sob a condenação do pecado. A Lei de Deus seja escrita no coração, ou registrada como revelação da vontade do Senhor, coloca e encerra a todos sob condenação, não havendo “nenhum justo, nenhum sequer”. Isso significa que a Lei é usada para nivelar a todas as pessoas, deixando patente que ninguém está acima dela.

Para a situação em nosso país é preciso entender a necessidade de se cumprir a lei, submeter-se a ela como cidadãos independentemente de qual posição tenhamos, a fim de nos vermos com “mãos limpas”. No universo do espírito, o que nos levará a ter “mãos limpas”, não é a observância da Lei, pois ninguém poderá “ser justificado pelas obras da Lei”, sendo impossível a qualquer um de nós cumprirmos todas as suas demandas; mas a nossa entrega a Jesus, recebendo-O como Salvador único e suficiente e Senhor de nossa vida, sendo purificados pelo Sangue de Jesus, o único a cumprir toda a Lei de Deus, para nos livrar da maldição e condenação operadas pela Lei. Louvado seja o Senhor Jesus Cristo.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de junho de 2015

NÃO ACREDITO NO DIABO

ANO LXXIII - Domingo, 14 de junho de 2015 - Nº 3633

NÃO ACREDITO NO DIABO

Certamente a frase acima pode gerar muita polêmica no meio cristão evangélico (cuja tradição é crer e admitir a Bíblia como Palavra de Deus), por dar a entender tratar-se da não admissão da existência do mal personificado na pessoa do Diabo ou Satanás. No entanto, eu, mesmo crendo ser a Bíblia a Palavra de Deus, concordo com o fato de não podermos acreditar no Diabo.

Vejam como o falar e o escrever são importantes e podemos ser traídos em seu sentido, daí o cuidado quando falamos, escrevemos e ensinamos sobretudo em relação aos assuntos da fé. Não se diz, na frase acima, não crer na existência de tal ser ou pessoa. O que se fala é de não se dar crédito a ele, ou seja, não se pode nele confiar. Nesse sentido eu insisto: ‘não acredito no Diabo’. A Bíblia afirma que o Diabo é o “pai da mentira”, que ele “mente desde o princípio” e que “nunca se firmou na verdade”. Sendo assim, como posso eu dar cré- dito (acreditar) em tal individuo? Não acredito mesmo!!!

Crer ou acreditar podem significar, portanto, não apenas admissão de existência, mas confiabilidade. Ao aplicarmos isso ao Diabo, devemos manter e sustentar a verdade de que ele não é digno de nossa confiança, portanto, não acreditamos nele. Com relação ao Senhor nosso Deus e a Seu Filho Jesus Cristo, podemos dizer que, não apenas cremos em sua existência, mas, com toda segurança e convicção, acreditamos Nele e depositamos em Sua Pessoa nossa total confiança, pois Ele não pode mentir e jamais deixará de cumprir o que nos diz.

Assim, não acredito no Diabo, embora creia em sua existência. Porém, acredito em Deus e não apenas creio que Ele exista, depositando Nele a minha fé e confiança com relação ao cumprimento de Suas promessas de perdão, vitória sobre a morte e vida eterna com Ele e Nele. Creia em Deus e acredite Nele. Com relação ao Diabo...

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de junho de 2015

CORPUS CHRISTI

ANO LXXIII - Domingo, 07 de junho de 2015 - Nº 3632

CORPUS CHRISTI

Na última quinta-feira (dia 04) celebrou-se uma festa de tradição Católica Romana denominada Corpus Christi. Essa é uma expressão latina cujo significado é “Corpo de Cristo”. Sua instituição se deu em 08 de setembro de 1264 pelo Papa Urbano IV e a celebração é sempre 60 dias após o “domingo de páscoa”, ou seja, na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. A festa baseia-se basicamente em formar uma procissão conduzindo uma hóstia consagrada, sendo ela, na visão da Igreja Romana, o Corpo de Cristo. A tradição de se enfeitar as ruas com serragem colorida já é bem recente.

Mais uma vez vemos nosso país “laico” patrocinando uma festa religiosa como feriado, ainda que não o seja oficialmente. Isso afronta o postulado básico de nosso ordenamento jurídico constitucional que é o da separação entre Igreja e Estado e a ênfase que o Estado é “laico” ou sem religião oficial, não podendo, nem devendo privilegiar esse ou aquele credo em detrimento de outro.

No aspecto teológico percebemos um erro muito grave, pois na visão do Novo Testamento o Corpo Místico de Cristo é a Sua Igreja e não o elemento da Eucaristia. A mística sobre o Corpo de Cristo não está, portanto, nos elementos que integram o rito eucarístico, mas, sim, na unidade dos membros que compõem a Igreja. A Escritura é farta e profusa em anunciar a verdade de que o Corpo de Cristo é a Igreja como se vê em Rm. 12:5; I Co.10: 16-17; I Co. 112:12-13; I Co. 12: 27; Ef.1: 22-23, Ef.3:6; Ef.4:4; Ef.5:29-30; Cl.1:18. A manifestação de adoração à hóstia consagrada e celebração como sendo o “Corpo de Cristo”, que é entregue para nossa redenção e perdão de nossos pecados, torna-se contrária ao ensino do Novo Testamento onde se afirma que o corpo de Cristo foi morto, sepultado, ressuscitou ao terceiro dia e foi assunto ao céu de onde voltará. O “Corpo Místico” é a Igreja que congrega todos os santos em todos os tempos da história. Adorar qualquer ser ou coisa, oferecendo culto de “latreia” (latria) é afrontar ao próprio Deus e deixar de dar-LHE a honra que só a Ele é devida. Que tenhamos o discernimento bíblico e a compreensão exata sobre o que nós, como cristãos, cremos e a quem devemos dar o culto de adoração como requerido na Palavra de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.