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domingo, 26 de outubro de 2014

RESGATE DA MEMÓRIA

ANO LXXII - Domingo, 26 de Outubro de 2014 - Nº 3600

RESGATE DA MEMÓRIA

Comemoramos, no dia 31 de outubro, mais um aniversário da Reforma Protestante ocorrida em 1516, cujo início se verificou na Alemanha. O movimento foi iniciado e encabeçado por um monge chamado Martinho Lutero, que contestou o fato de se vender indulgências (perdão de pecados). Ele não contesta, naquele momento, o poder que o padre, bispo ou papa teriam para perdoar os pecados dos fiéis, mas apenas o método levado a efeito por eles, ou seja, a venda de tal perdão. 

Temos, no Brasil e em outros lugares do mundo, perdido a referência histórica de nossas raízes e vínculos protestantes. Aliás, essa palavra tem sido tomada de um forte sentimento de rejeição e repúdio por muitos, como se estivesse plena de uma carga de maldição. Nós somos protestantes sim. Nossos vínculos históricos têm que ser resgatados e reafirmados. Quem nega tal fato é como se estivesse acometido de mal de Alzheimer e não tem noção de seu passado e ou história. Substituições de designação por “crentes”, “evangélicos” ou outra podem ser aceitas e admitidas, mas jamais negar ou substituir o fato de que somos “herdeiros da Reforma Protestante”. 

Ao falarmos que somos reformados, referimo-nos ao fato histórico de nosso vínculo com o movimento da Reforma Religiosa cujo pleito era (e é) o retorno e fidelidade às Escrituras Sagradas em matéria de fé e prática. Ao afirmarmos sermos nós protestantes, identificamo-nos com aqueles que se posicionaram pelo direito da liberdade de propagação da fé, pelo direito da liberdade de culto e da livre escolha de sua fé. Ao sustentarmos sermos calvinistas significa nosso perfilhamento com a maneira de compreender as Escrituras e doutrinas ensinadas por João Calvino. Ao nos chamarmos presbiterianos, formamos nossa identificação com o sistema de governo eclesiástico proposto por Calvino em Genebra e João Knox na Escócia, sendo a Igreja conduzida por presbíteros em um colegiado. Assim, somos reformados, protestantes, calvinistas e presbiterianos. 

Ao celebrarmos mais um ano da reforma Religiosa do século XVI é preciso resgatar nossa memória como protestantes que somos. Se você não conhece, precisa conhecer, pois quem não conhece sua história não sabe do valor de suas raízes e riqueza de sua herança. Em tempos de falta de identidade, mister se faz nos posicionarmos resgatando nossa história, a fim de firmarmos nossa identidade, sabendo de onde viemos, quem somos, para onde vamos e o que queremos. Só a Deus glória e adoração. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 19 de outubro de 2014

VENHA O TEU REINO

ANO LXXII - Domingo 19 de outubro de 2014 - Nº 3599

VENHA O TEU REINO

A expressão que dá título a essa pastoral faz parte da chamada “oração do Pai nosso”, ou oração dominical, ou, ainda, oração do Senhor. É uma súplica que expressa o desejo em relação à manifestação completa e definitiva do governo de Deus sobre tudo e todos, de forma justa e santa, fazendo com que todas as coisas sejam conformadas à sua vontade decretiva e preceptiva.

Ao ouvirmos ou vermos noticiários; lidarmos com as pessoas em suas angústias e enfermidades; a degeneração dos costumes; o estabelecimento da barbárie em nome de determinada observância de fé (islamismo) com mortes e execuções aos milhares; o afrouxamento das leis punitivas das condutas delitivas; a legalização de comportamentos sociais contrários à orientação milenar de moral; o aumento da violência e criminalidade envolvendo não apenas o patrimônio, mas a vida, sendo essa banalizada; a real ameaça de epidemias como a do ebola, a qual desconhece fronteiras; nosso coração, nossa alma, nosso ser como um todo geme, suspira e clama: venha o Teu Reino.

Poder-se-ia dizer tratar-se de uma forma simplista de tentativa de fugir à realidade, de escapar a tais situações e evitar enfrentar tais questões e fatos. No entanto, isso não é verdade. Trata-se, outrossim, do desejo legítimo, lícito, próprio e adequado de experimentarmos o ambiente de paz, harmonia, felicidade e vida abundante para o qual fomos criados pelo Senhor quando, por Seu poder, trouxe à existência, no início, todas as coisas. É como se tivéssemos profunda saudade do aconchego de nossa casa paterna, de nosso lar amado, no qual nosso Pai está a nos esperar. Como canta o poeta: “Da linda pátria estou, bem longe, cansado estou. Eu tenho de Jesus saudades; quando será que vou?”. 

Não é exaltação da morte, ênfase na desistência de viver ou coisa parecida. Trata-se de vontade de viver com plenitude, alegria e paz. Embora pareça paradoxal devido ao fato não termos estado lá, desejamos ardentemente que o reino de Deus venha, chegue, se instaure. Como lemos no Apocalipse: “Vem Senhor Jesus.” (Ap. 22:20). 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 12 de outubro de 2014

SOBRE OS PEQUENINOS

ANO LXXII - Domingo, 12 de outubro de 2014 - Nº 3598

SOBRE OS PEQUENINOS

As páginas dos evangelhos sinópticos trazem passagens que consideram e retratam aspectos sublimes e belos no contato do Senhor Jesus Cristo com as crianças, chamadas de “pequeninos”. Pode-se admitir (em poucos casos) que se trate das pessoas simples que nEle criam e eram desprezadas pelos fariseus. No entanto, as indicações apontam para o fato de que a referência é às crianças, ou seja, “esses pequeninos que creem em mim” (Mt.18:6). 

Nós, os adultos, corremos sérios riscos com relação às crianças ou pequeninos, conforme nos disse o próprio Senhor Jesus, ao nos advertir que seria melhor que uma pedra fosse amarrada ao pescoço do que escandaliza (faz tropeçar) um desses pequeninos e fosse lançado ao mar (Mc 9:42). A responsabilidade nossa é muito grande e a penalidade pelo descuido é igualmente agigantada. Precisamos estar atentos para evitar que sejamos tais elementos de escândalo ou tropeço na vida das crianças. 

Nesse dia 12 de outubro precisamos relembrar esse fato da necessidade de instruirmos e conduzirmos nossas crianças no Caminho do Senhor, dando-lhes exemplo de fidelidade ao Senhor e amor sincero em nossos relacionamentos familiares, como reflexo de nosso compromisso com Deus. Pude participar (na terça-feira) do show de André Rieu e sua orquestra e o ouvi dizer algo muito importante: “Levem suas crianças para cantarem no coro da igreja”. Ele mesmo foi educado assim na Holanda. Não conheço a situação religiosa de tal musicista, mas sua colocação pública foi extremamente importante em relação ao nosso compromisso de orientar nossos filhos no Caminho do Senhor. 

Certamente esse é o melhor presente que podemos dar aos nossos filhos (mesmo que eles não entendam assim nesse momento) enquanto os temos sob nossos cuidados diretos: orientá-los e instruí-los na fé salvadora em Cristo Jesus no recesso de nosso lar, trazê-los às atividades na igreja para que expressem suas convicções e adorem comunitariamente a Deus, nosso Senhor. Sejamos pedra de apoio e não pedra de tropeço aos pequeninos. É o melhor presente. 

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 5 de outubro de 2014

ELEIÇÕES

ANO LXXII - Domingo, 05 de outubro de 2014 - Nº 3597

ELEIÇÕES

Hoje é dia de exercermos nosso direito (ou dever?) de escolher os membros do Executivo e Legislativo estadual e federal, desde deputados estaduais, federais, senadores, governadores eu presidente da República. É privilégio que se reveste de responsabilidade, como direito que se torna dever, já que o voto, no Brasil, é obrigatório, tornando seu direito um dever seu. Coisas de Brasil. 

O que importa é isso ser uma oportunidade de manifestarmos, como cidadãos e povo, nossa posição. Claro que seu voto isolado pode não significar muito, mas o cômputo geral faz com que nossas aspirações, vontades, desejos, anseios, revoltas, repulsas e rejeições sejam manifestos. Claro que o resultado das urnas nem sempre coincidirão com nossas expectativas pessoais. Nosso(s) candidato(s) poderá(ão) não conseguir a cadeira pleiteada. Nosso partido de simpatia (talvez militância) poderá não alcançar vitória, mas o importante é nossa mobilização, participação e envolvimento efetivos. 

A Bíblia nos orienta a orar pelas autoridades constituídas e, até mesmo “honrar o rei”, e deixa claro que tais autoridades devem conduzir sua vida, e do povo, de acordo com a Autoridade Maior. Se tais autoridades deixam de estar sob a Autoridade, posso (e devo) contestar e confrontar tais autoridades desobedecendo-as, por obedecer à Autoridade Maior. 

Portanto, hoje, antes de ir à urna, analise bem, ore ao Senhor e sufrague seu voto de modo consciente e seguro, tendo a consciência de que aquele (a) a quem deu seu voto é o(a) melhor candidato(a), não importando se ele (a) perderá ou não. Não pense pragmaticamente, ou seja, sei que “a” é o melhor, mas votarei em “b” pois “a” não tem chance de vencer e eu não quero “perder meu voto”. Perde voto quem deixa de escolher o que seja melhor, mesmo que o candidato em quem você votou seja o vencedor. 

Coloquemos diante do Senhor, em oração, todo esse processo eleitoral e roguemos para que seja o Senhor mais glorificado com a eleição desse(a) ou daquele(a), sendo meio de graça para a Igreja ou agente de disciplina da parte do Senhor sobre Seu povo. 

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.