ANO LXIX - Domingo, 28 de agosto de 2011 - Nº 3435
Faxina
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior ...mas por dentro estão cheios de rapina e intemperança" (Mateus 23:25).
Uma das palavras que mais foi ouvida e lida nestes últimos dias, em ligação com a esfera do primeiro escalão do Governo Federal foi: FAXINA. De fato, parecia haver uma certa onda para limpeza e faxina no ambiente dos corredores de alguns ministérios e setores do alto escalão em Brasília. Seria muito bom que, de fato, houvesse uma limpeza radical, profunda e extensa em todo este segmento. Faxina, deste tipo, é sempre bem-vinda.
Claro que há faxinas reprováveis, como a étnica (nazistas contra judeus, negros, ciganos; Sadan Hussein contra os curdos, os armênios), a religiosa (cruzadas contra os infiéis judeus e muçulmanos; implantação da Sharia islâmica contra cristãos em países da África e Ásia), mas a faxina ética e moral é sempre necessária e imperativa.
O que nós gostaríamos de ver é uma faxina que eliminasse a corrupção endêmica nas esferas públicas em nosso país. Uma limpeza que fizesse reluzir em alvura as contas públicas sem superfaturamento ou sucateamento com desvios astronômicos de verba pública para utilização em benefício particular. Vivenciar uma ação purificadora de cobrança de impostos devidos por grandes corporações, que lesam o Estado e funcionários de tais empresas, desfrutando, depois, de anistia do Poder Público.
Estas faxinas necessárias se fazem imperativas devido à poluição e impureza reinantes no coração do ser humano. Jesus, de certo modo, nos diz sobre isto e nos adverte quanto à pouca eficácia de limpar o exterior (aparência-efeito) e não o interior (essência-causa). Nosso anseio, desejo, oração e clamor são no sentido de que haja faxina no coração das pessoas, operada pelo lavar regenerador da graça de Deus, refazendo e reformulando o caráter dos indivíduos, alcançando o aspecto mais íntimo com relação à verdadeira solução de tal endemia de corrupção: "Bem-aventurados os limpos de coração...(Mateus 5: 8). Tenha Deus misericórdia.
Rev. Paulo Audebert Delage