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domingo, 28 de março de 2010

AI (19)

ANO LXVII - Domingo, 28 de março de 2010 - Nº 3361

"Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito sem nada ter visto" (Ez.13:3)

O ambiente em que viveu o profeta Ezequiel é anterior ao exílio e durante o exílio. Isso significa que teve um momento extremamente difícil diante de si, pois, a exemplo de Jeremias, sua palavra não era de muito alento ao seu povo, mas de previsão de tragédia e sofrimento como fruto da correção disciplinadora e punitiva do Senhor.

Ezequiel precisou enfrentar alguns (ou muitos) que insistiam em dizer que as coisas estavam bem e que jamais haveria qualquer manifestação de disciplina ou castigo do Senhor sobre Isarel. Alguns "profetas" estavam "de plantão" para realizarem essa obra de engodo e engano, os quais anunciavam o que era do próprio coração ou pensamento, como se do Senhor viessem tais dizeres.

Fico a pensar que as palavras de Ezequiel ainda são atualíssimas para nós, uma vez que vemos tantos "profetas" com suas "profetadas" e falsas afirmações sobre alguma pessoa em particular, ou sobre situações envolvendo uma comunidade ou até país. Não estou fazendo referência aos horoscopistas, cartomantes, leitores de futuro em cartas e outras artimanhas nesta linha (esses nós rejeitamos). Refiro-me a pessoas (indivíduos) que tomam-se na condição de profetas (adivinhos) e saem anunciando coisas e situações com as quais o Senhor não está envolvido. Geram dano a pessoas em particular e até em comunidades. Há os que afirmam terem recebido visões e revelações de Deus sobre ocorrências futuras quanto, até mesmo, à volta do Senhor Jesus.

A maioria das vezes essas "profecias" são, não como Ezequiel disse; loucura, mas falta de ética e conduta cristã, prejudicando e mantendo muitos sob o tacão da conduta de adivinhação. Trocam o tarô, a bola de cristal, o mapa astrológico pelo: "servo meu, eu sou o senhor que fala contigo e vou realizar grande obra em sua vida".

A seara religiosa é fertilíssima em tais manifestações. Devemos nos manter com cautela e discernimento de espírito, para rejeitarmos o que do Senhor não vem, não apoiando nossa vida cristã nas "profecias" de quem quer que seja. Nossa fé se firma nas Escrituras Sagradas e em sua interpretação dependente do Espírito Santo que em nós habita e que nos foi dado para nos "conduzir a toda verdade". Assim vivamos para Seu louvor.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 21 de março de 2010

AI (18)

ANO LXVII - Domingo, 21 de março de 2010 - Nº 3360

"... ai de nós porque pecamos!" (Lamentações, 5:16)

"Lamentações" este é o nome dado, em português, ao livro escrito pelo profeta Jeremias, no qual lamenta e chora pela situação de decadência e corrupção de seu povo Israel.

Este é um lamento que deve estar presente nos lábios (e no coração) de todos nós, no sentido de sermos conscientes de nossa condição de pecadores, sem tentativa de auto-justificação diante do Senhor. É a mesma manifestação do publicano (Lucas 18) ao orar no templo, excluindo toda e qualquer manifestação de justiça própria, dizendo: "Tem compaixão de mim, sou pecador".

Esta atitude de reconhecimento de sua condição de pecador e de que tem cometido pecado, não é uma postura de depreciação ou destruição de sua imagem. É, na verdade, a maneira adequada de se ver e se apresentar diante de Deus, pois tal manifestação o torna apto a receber o perdão de Deus e a reconciliação com Ele.

Assim, ver-se pecador não é um demérito, mas uma virtude, desde que não haja fixação nessa visão, pois tal acarretaria sua ruína. Ver-se pecador não deve ser o final do caminho em relação a Deus, mas seu começo, pois a partir daí haverá a manifestação da graça restauradora do Senhor sobre a vida daquele que assim se vê.

Como ser pecador pode ser algo positivo? Ser pecador não é positivo, mas o ver-se e se reconhecer pecador é positivo, pois se o pecado faz com que "caia a coroa de nossa cabeça" (v.16), o retorno dessa coroa se faz pela graça de Deus, mediante o arrependimento e reconhecimento do pecado cometido, ante a declaração sincera: "ai de mim, pequei".

Lembremo-nos do profeta Isaías que reconheceu ser homem de "lábios impuros" ante o Senhor, o Rei da glória, sendo purificado por ação do próprio Deus e qualificado para o serviço e obra do Senhor. Não tema reconhecer que pecou, lamente tal fato e, na confiança em Cristo, receba o perdão e a restituição de sua coroa.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 14 de março de 2010

AI (17)

ANO LXVII - Domingo, 14 de março de 2010 - Nº 3359

"Ai daquele que edifica casa a casa com injustiça... que se vale do serviço de seu próximo sem paga, e não lhe dá o salário." (Jeremias, 22:13)

Os profetas em Israel são conhecidos não apenas por sua virtude de prever acontecimentos, ou realizar milagres, mas, também, por sua capacidade de denunciar os males presentes e manifestos (ou não) na vida pública das cidades em Israel e em outros povos.

O texto do profeta Jeremias faz coro com alguns outros ao denunciar a exploração do trabalho e o enriquecimento ilícito e injusto. O desenvolvimento do patrimônio (casa a casa) é conseguido à base da subtração do direito de terceiro e da exploração indevida da força laboral, sem a devida paga.

Tiago, no Novo Testamento, fará essa mesma denúncia ao proclamar:"o salário dos trabalhadores, ... que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos "(Tg.5:4). O pecado não é apenas de ordem sexual e individual, é de ordem econômica e estrutural. A iniquidade do "capitalismo selvagem" , ou da "cega lei de mercado", é repudiada pelo Senhor e seus profetas como a idolatria, licenciosidade, prostituição e outras.

A Igreja, por meio de seu ministério profético, foi, é, e deverá sempre ser "consciência do Estado" e martelo da sociedade, golpeando-lhes com firmeza, para que busquem estabelecer a justiça e o direito.

A atuação social da Igreja não é apenas a de "socorrer os feridos" (assistência) , mas, também, de denúncia e combate às estruturas corruptas, corruptoras e iníquas e promover a manifestação do Reino de Deus com justiça. O preço a pagar por essa postura é alto e, às vezes extremo (morte), mas a Igreja (eu e você) não pode recuar diante dessa que é, também, sua tarefa. Claro que ela não pode denunciar sem dar o exemplo do que seja correto. Assim, denunciemos o erro, mas vivamos com integridade e correção de conduta.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 7 de março de 2010

PLANOS E PROJETOS

ANO LXVII - Domingo, 07 de março de 2010 - Nº 3358

Planos e Projetos ( Romanos 15:22-25)

Não é incomum ou raro ouvirmos, no meio evangélico, a alegação de que planejamento é negativa da confiança em Deus e Sua providência. De fato, quando se confia no plano ou no planejamento e não no Senhor, comete-se um grave erro. No entanto, não planejar é, também, outro erro sério e grave.

A Bíblia nos fala sobre programar e planejar e nos incentiva a termos isso em mente. Jesus nos ensinou sobre assentar e fazer os planos e contas, quando se deseja ou propõe construir uma torre (Lc.14:28). Jesus demonstrou ter um propósito definido em sua trajetória ministerial, de modo que sua vida não era um amontoado de ocorrências aleatórias e desconexas. Ele sabia onde estava, para onde queria ir e como fazer isso.

O Conselho da IPVM aprovou um programa chamado Pensando Juntos o Futuro da IPVM (planejamento estratégico), com o propósito de direcionar nossas ações de trabalho em âmbito pleno na IPVM. As sociedades internas e ministérios trabalhando de modo direcionado e visando alcançar objetivos definidos. A liderança desses ministérios reuniu-se várias vezes e chegou à definição de diretrizes e ações a serem desenvolvidas. O Conselho nomeou uma comissão para implantação desse programa (Presbíteros Hothir, João Baptista, Paranhos e Amauri) que terá a responsabilidade de viabilizar tal execução e aplicação.

Essa comissão e esse projeto têm o apoio do Conselho de nossa Igreja e sua liderança. Todos estão envolvidos nesse projeto, cujo propósito é vermos as ações sendo realizadas com objetivo de crescimento do Reino de Deus e Sua Igreja, evitando dispersão de forças.

As lideranças das sociedades e ministérios receberão o projeto com as ações a serem desenvolvidas, e canalizarão sua força criativa naquela direção apontada. Esse somatório de esforços fará com que haja desenvolvimento e crescimento, sem que fiquemos "dando socos no ar" (I Co.9:26).

Esse é meu desafio e convite a você, integre-se nesse projeto para realizarmos juntos a Obra do Senhor.

Rev. Paulo Audebert Delage

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.