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domingo, 27 de junho de 2004

O QUE É A NOSSA VIDA?

ANO LXII - Domingo, 27 de junho de 2004 - No 3061

O QUE É A NOSSA VIDA?

Há certos momentos em nossa vida em que somos expostos a uma realidade inquietante: a nossa fragilidade.

Projetamos como desejamos que a vida seja, estabelecemos alvos, corremos atrás de nossos objetivos próprios buscando "um lugar ao sol", enfim, procuramos preencher o sentido de nossa existência. Muitas vezes este sentido parece tão associado às realizações que nos sentimos deprimidos e tristes se fizermos poucas coisas na vida.

Queremos prolongar nossa vida ao máximo, aproveitando o tempo para deixarmos um rastro de realizações para que outros vejam nosso valor. Eliminamos os pensamentos que teimosamente nos apontam que esta frenética caminhada rumo ao futuro não leva a nada.

Por isso mesmo, não cogitamos que as enfermidades, as perdas e as incapacidades fazem parte da vida.

Se toda a força motriz de nossa vida estivesse naquilo que fazemos, seríamos inevitavelmente pessoas frustradas, pois o contingente de itens não cumpridos em nossa lista de deveres é sempre muito maior do que a coluna das tarefas alcançadas.

Para sermos alguma coisa não precisamos de muito tempo na vida. Existem exemplos de pessoas que pouco viveram entre nós mas deixaram grande exemplo da essência da vida.

Pessoas que, como dizem as Escrituras, o mundo não era digno deles, pois viviam em outra esfera, com os pés nesta terra mas a cabeça numa dimensão maior. Arriscaram não se amoldar ao padrão que mede as pessoas por aquilo que tem; Ousaram por um estilo de vida solitário, por crerem que a vida é medida por aquilo que são.

Estes captaram a essência do ensino cristão colocando a árvore antes da fruta, o caráter antes do resultado. Deste tipo de gente nosso mundo anda carente.

Rev. Márcio

(a singela homenagem da IPVM na passagem do
querido presbítero Carlos Renato de Andrade)

domingo, 20 de junho de 2004

A RESPONSABILIDADE PASTORAL

ANO LXII - Domingo, 20 de junho de 2004 - No 3060

A RESPONSABILIDADE PASTORAL

A Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil, no seu artigo 36 diz assim sobre o exercício do ministério pastoral:

"São atribuições do Ministro que pastoreia igreja:

a) Orar com o rebanho e por este;

b) Apascentá-lo na doutrina cristã;

c) Exercer as suas funções com zelo;

d) Orientar e superintender as atividades da igreja, a fim de tornar
eficiente a vida espiritual do povo de Deus;

e) Prestar assistência pastoral;

f) Instruir os neófitos, dedicar atenção à infância e à mocidade,
bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados;

g) Exercer, juntamente com os outros presbíteros, o poder coletivo de governo."

As tarefas acima demonstram os deveres que caracterizam o exercício do pastorado segundo as leis presbiterianas. O exposto acima não constitui-se em um "contrato de prestação de serviços" mas dá a dimensão da tarefa a que se propõem os ministros do evangelho quando vão pastorear uma igreja.

Mais do que estas responsabilidades legais para com a comunidade, ao pastor cabe a responsabilidade de zelar pelo progresso espiritual do rebanho aos seus cuidados. Disto ele dará contas ao Senhor da igreja.

O ministério pastoral, mais do que um cargo é uma tarefa de servir; mais do que um privilégio é uma imensa responsabilidade; mais do que um "status" é uma missão; mais do que motivo de recompensa é objeto de desgaste certo e de muitas lutas.

Uma eleição pastoral, por sua vez, não é a forma da comunidade reconhecer ou recompensar o pastor. Significa a concessão de uma grande responsabilidade a um homem, comissionado é verdade, mas tão limitado e falho como qualquer um de nós, e que certamente precisará do auxílio divino no desempenho do seu serviço.

Um dos primeiros e importantes líderes da igreja primitiva escreveu aos pastores da sua época: "Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória".

Rev. Márcio

domingo, 13 de junho de 2004

PASTORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS (PARTE II)

ANO LXII - Domingo, 13 de junho de 2004 - No 3059

PASTORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS - 2ª parte

"Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho".1 Pedro 5:2

Atentando para a frase "nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho", percebemos que existem duas formas básicas de liderança. Ambas são eficazes, embora completamente diferentes uma da outra.

O poder da força: Um líder pode conduzir um grupo através do poder da coerção e da ameaça. Este estilo de liderança apresenta vantagens durante algum tempo.

Os objetivos são bem definidos e as metas são perseguidas fazendo este tipo de líder se concentrar em atingir resultados marcantes. Mesmo que as opiniões pessoais e as diferenças individuais não sejam consideradas, a aceitação do líder vem pela realização dos alvos propostos. Os machucados e o desrespeito sofrido são compensados pelo resultado positivo que justifica a manipulação, muitas vezes exercida sobre o grupo.

A outra maneira básica de condução das pessoas é pelo poder do exemplo.
Está claro que Pedro, quando escreve estas palavras, falava de sua experiência pessoal. Ele havia usado a força para vencer os obstáculos à sua frente, ao sacar a espada e cortar a orelha do inimigo. Afinal, seu projeto de vida estava ameaçado.

O velho apóstolo também tivera a oportunidade de ver a força do exemplo atingir seu coração e quebrar as barreiras. Este modelo de liderança foi capaz de suscitar oposições, é verdade, mas também arrastou atrás de si os mais diferentes tipos de seguidores: De altos oficiais do governo a simples pescadores; de lavradores incultos envolvidos com as lides da terra a intelectuais que formavam a massa pensante da época.

Um exemplo é capaz de projetar as mentes e corações em um objetivo maior fazendo que as diferenças no grupo sejam irrelevantes. Este estilo de liderança foca sua atenção na causa e não somente nos resultados.

Que seja este o poder motivador no ministério pastoral. Que sua liderança não pretenda a uniformização do rebanho, mas uma conformação com algo sublime: o Reino de Deus.

Paulo foi transformado pelo poder do exemplo. Ele podia dizer palavras como estas: "O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco." (Filipenses 4:9)

Rev. Márcio

domingo, 6 de junho de 2004

PASTORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS (PARTE I)

ANO LXII - Domingo, 06 de junho de 2004 - No 3058

PASTORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

"Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não constrangidos, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornado-vos modelos do rebanho"

O texto acima pode ajudar-nos na preparação para a eleição pastoral neste mês.
No início da era cristã, à medida que o evangelho avançava e comunidades formavam-se em torno da palavra de Deus, eram escolhidos líderes para assumirem o cuidado espiritual sobre estes grupos. Os apóstolos preocuparam-se em esclarecê-los do perfil que estes deveriam ter e da responsabilidade ímpar que assumiriam.
Algumas qualidades destacam-se no texto acima:

As ovelhas não pertencem ao pastor - o rebanho é de Deus. Paulo disse em uma de suas cartas que se alegrava de não ter batizado quase ninguém daquele lugar para não dar a impressão dos crentes serem "dele". A transformação provocada pelo evangelho é operada por Deus. O pastor é um instrumento de Deus para cuidar do rebanho D´Ele.

O ministério pastoral é realizado espontaneamente - O termo "espontaneamente" no original grego é o mesmo usado em Hebreus 10:26 para designar uma decisão que depende somente de nós. Ou seja, o ministério não é trocado por outro bem ou mercadoria. Infelizmente, o ministério pastoral tem sido mal compreendido em nossas comunidades. Muitos honram seu pastor somente enquanto ele está no exercício de seu ministério, porque, fazendo assim, terão "direi-to" de gozar do seu cuidado. Por outro lado, pastores têm feito do ministério uma moeda de negociação. Quanto mais oferecem mais pensam nos privilégios a que têm direito. A boa vontade não leva em conta a quantidade do esforço feito mas o desejo de ver a obra realizada.

O ministério pastoral deve ser feito como Deus quer - Isso significa que não pode ser movido por nenhum outro interesse senão fazer a vontade de Deus. Nem sempre é fácil realizá-la em nossa vida pessoal e familiar. Muito mais difícil ainda é segui-la no pastoreio do Seu rebanho!

Em outra oportunidade pensaremos mais a respeito do assunto.

Rev. Márcio

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.