ANO LX - Domingo, 29 de setembro de 2002 - No 2970
1942 - ANO DO NOSSO JUBILEU DE DIAMANTE - 2002
AO ELEITORADO CRISTÃO
Às vésperas de uma eleição que deverá ser marcante na história deste país, constata-se, com tristeza, um elevado número de eleitores ainda indecisos. E muitos, em sinal de descrédito, decididos a anular o seu voto. Os candidatos, com muito falatório e sem propostas concretas, não conseguem facilitar a definição de um eleitorado que de há muito deixou de acreditar na classe política. E por razões muito evidentes: a política se tornou cabide de emprego; aposentadoria gorda e antecipada; balcão de fisiologismos; fábrica de escândalos que, à sombra da impunidade, se têm multiplicado em todos os níveis, no desvio de verbas, na decretação de salários abusivos e na falta de solução para os problemas mais comuns do povo. Não admira, pois, que haja tanta decepção, tanta desconfiança da parte dos eleitores.
Contudo, e apesar de tudo, é preciso votar. Anular o voto seria concordar com a situação atual, ou, pior ainda, permitir que o mais demagogo dos hoje candidatos seja amanhã - e por quatro anos - o nosso presidente, governador ou deputado. E para o cargo de senador, oito anos!
Como Igreja, não temos nem indicamos candidatos. O voto é individual, e a responsabilidade da escolha também. Isto não nos impede, porém, de oferecer alguns lembretes para uma prática eleitoral cristã e sadia. Lembre-se que, antes de ser eleitor, você é cristão, é discípulo de Cristo.
Seria uma incoerência votar em candidato que, por atitudes ou declaradamente, se manifeste antievangélico. É inaceitável que um crente favoreça um candidato (ou partido) que apóie casamento entre pessoas do mesmo sexo, que defenda a liberação da maconha (e outras drogas), que pratique a feitiçaria. Vote conscientemente.
Lembre-se, também, que a comunidade é mais importante do que os partidos e seus candidatos. Afinal de contas os próprios políticos vivem mudando de partidos. O bem comum deve estar acima de interesses pessoais. Não se deixe subornar, não troque seu voto por promessas irrealizáveis. Vote honestamente.
Lembre-se, ainda, que o seu voto é muito importante, talvez decisivo. Não deixe, pois, de votar. Não anule o seu voto. Segundo dados do TSE, no próximo domingo deverão comparecer às urnas 115.271.778 brasileiros. Somado ao desses milhões de eleitores, seu voto determinará o futuro do país. Vote corajosamente. E que Deus nos ajude.
Rev. Eudes