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domingo, 31 de março de 2002

MUDANÇA DE VALORES

ANO LIX - Domingo, 31 de março de 2002 - No 2944

MUDANÇA DE VALORES

O comércio voraz, faminto de dinheiro, trocou o cordeiro pelo coelho. Aliás, um coelho muito versátil, quase milagroso, que põe ovos de chocolate de todos os tamanhos e para todos os gostos. Para o consumismo insaciável, a essência da Páscoa não tem a menor importância. O que importa é vender, vender muito, ainda que na mente das pessoas a verdade seja sacrificada, e o Cordeiro fique esquecido. Para uma sociedade materialista, secularizada e consumista cujo deus é o ventre, o importante é empanturrar o estômago de chocolate, ainda que se sacrifique no altar do comércio esfaimado, a essência da verdade.

Preocupante é o fato de fazermos parte dessa cultura sem nenhuma reação de inconformação. Fazemos como Eli, banqueteando com as gorduras tiradas pecaminosamente do altar, sendo coniventes com os pecados de uma geração que se recusa a dar ouvidos à verdade de Deus. Nossos filhos são levados a assimilar mais o coelho, ou melhor, o chocolate, do que o Cordeiro que foi morto por nós. Vêem mais o retrato das lojas agressivamente decoradas do que a história eloqüente da libertação do povo de Deus. Precisamos investir mais tempo ensinando aos nossos filhos sobre a Páscoa. Esta é uma história central do Antigo Testamento. Foi aquela noite fatídica em que o povo de Deus foi salvo da tragédia da morte dos primogênitos, porque um cordeiro tinha sido sacrificado e o seu sangue havia sido aplicado sobre as vergas das portas. Esta é a história épica da libertação do povo de Deus do cativeiro, com mão forte e poderosa.

A Bíblia fala que Jesus Cristo é o nosso cordeiro pascal. O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é Jesus. Foi Ele quem foi imolado na cruz por nós. Ele sofreu o castigo que nos traz a paz. Sobre Ele foi lançada a iniqüidade de nós todos. Ele, como ovelha muda, foi para o matadouro, carregando sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos pecados. Ele se fez maldição por nós. Ele se fez pecado por nós. Ele morreu exangue na cruz, adquirindo para nós eterna redenção. Esta é a história da nossa alforria. É a história da nossa libertação do cativeiro. É a história da nossa eterna salvação.

Não podemos deixar que ela seja distorcida e diluída em chocolate. Não podemos permitir que o maior de todos os sacrifícios, vivido na hora mais amarga do Filho de Deus, bebendo sozinho o cálice da justiça divina, seja reduzido a um festival de gastronomia. O coelho é um intruso que nada tem a ver com a festa da Páscoa. Esta festa é a festa do cordeiro, do Cordeiro de Deus. Ele, sim, deve ser o centro, o conteúdo, a atração e a razão de ser dessa festividade. Que a nossa família possa estar reunida não em torno do ovo de chocolate, mas em torno de Jesus, o Cordeiro que foi morto, mas vive pelos séculos dos séculos, tendo a certeza de que estamos debaixo do abrigo de Seu sangue.

Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 24 de março de 2002

COLUNA E BALUARTE DA VERDADE

ANO LIX - Domingo, 24 de março de 2002 - No 2943

COLUNA E BALUARTE DA VERDADE

A Igreja foi escolhida soberana e livremente pelo Pai desde a eternidade. Foi remida pelo sangue de Cristo e selada pelo Espírito Santo. A Igreja é o corpo de Cristo em ação na terra, é o santuário da habitação de Deus, a noiva do Cordeiro, a coluna e baluarte da verdade. A Igreja deve ser depositária e portadora da verdade. Fora da verdade não há evangelho para pregar, não há salvação para receber, nem esperança que sirva de âncora para a alma.

Vemos hoje, com pesar, a realidade de uma geração pós-cristã na América do Norte e na Europa e o florescimento de um misticismo acentuado na América Latina. Um grupo foge, pelo secularismo, da verdade revelada, e o outro, pelo experiencialismo. Ambos relativizam as Escrituras: um esvaziando o seu conteúdo por uma interpretação racionalista e liberal; o outro, por buscar nela sustentação para as suas práticas. Na América do Norte e na Europa muitas igrejas estão vazias, trôpegas e mortas. Existem grandes templos, suntuosas catedrais, ricas propriedades, uma colossal estrutura, mas sem vida, sem poder, sem autoridade para viver e pregar. Isso, porque abandonaram a fidelidade às Escrituras. Bandearam para o liberalismo teológico. Suprimiram a pregação evangélica. Deram pedra em vez de pão ao povo para comer. Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde a sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. Onde o liberalismo teológico chega, a igreja morre. Este é um aviso solene que deve sempre trombetear em nossos ouvidos. Mas esse não é o único perigo. No Brasil, temos visto a pregação de um semi-evangelho, impregnado de práticas condenáveis pelas Escrituras, induzindo os incautos a um misticismo semipagão. O Evangelho tornou-se mercadoria e a Igreja um balcão de negócio. A mensagem passou a ser para atender o gosto e a preferência da freguesia, fruto da pesquisa do mercado de consumo. A Igreja capitulou-se ao pragmatismo moderno. Hoje, para muitos segmentos religiosos, o que interessa não é a verdade, mas o que funciona. Não estão preocupados com o que é certo, mas com o que dá certo.

É imperativo que neste tempo de confusão, apostasia e desequilíbrio a Igreja de Deus se levante como coluna e baluarte da verdade. A doutrina bíblica é inegociável. Não podemos transigir com os absolutos de Deus.

Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 17 de março de 2002

DUPLA OPORTUNIDADE

ANO LIX - Domingo, 17 de março de 2002 - No 2942

DUPLA OPORTUNIDADE

Você possivelmente já ouviu o relato daquele homem que chegando ao escritório numa segunda-feira, procurou bem cedo o seu colega e melhor amigo. Ao encontra-lo foi abrindo um largo sorriso, olhos brilhando de entusiasmo, e disse:

- Amigão, faço questão de que você seja o primeiro a saber da experiência maravilhosa que vivi ontem à noite.
- Que foi, cara? perguntou o amigo, curioso.
- Ontem eu fui à igreja do Eduardo. Ouvi a pregação do Evangelho. Um peso enorme caiu dos meus ombros quando aceitei Jesus Cristo como meu Salvador e Senhor. Uma alegria imensa inundou o meu coração. E eu quero compartilhar essa alegria com você. Me dá um abraço, amigão.

Nesse momento os olhos do amigo se encheram de lágrimas quentes e sentidas.

- Epa, será que eu disse alguma coisa errada? Espero que você não fique aborrecido comigo. Por favor, não quero perder sua amizade.
- Não, não é nada do que você está pensando. Eu devia estar feliz com a sua decisão por Cristo, mas estou é envergonhado. Eu também sou um crente em Jesus e nunca compartilhei minha fé com você.

Você talvez esteja pensando que isso não passa de uma ilustração. Mas é uma ilustração que tem fundamento na experiência de muitos cristãos. Pode um dia acontecer com você. Quantos amigos e colegas de trabalho você tem? E a quantos você já falou de sua fé em Jesus e do que Jesus já fez por você? A quantos?

Tenho certeza de que você gostaria de experimentar a alegria de ter um amigo compartilhando de sua fé em Jesus Cristo. Pois bem, Deus nos concede esta semana uma dupla oportunidade: a primeira, sairmos do nosso anonimato cristão; e a segunda, apresentarmos nossos amigos ao Amigo maior. E isto podemos fazer orando por eles e convidando-os para a nossa festa de gratidão ao Senhor.

Demonstre interesse pela felicidade de seus amigos. Aproveite bem essa dupla oportunidade.

Rev. Eudes

domingo, 10 de março de 2002

COM QUEM NOS IDENTIFICAMOS?

ANO LIX - Domingo, 10 de março de 2002 - No 2941

COM QUEM NOS IDENTIFICAMOS?

"Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão,for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais." I Co 5:11

A preocupação do apóstolo nesse texto não está voltada para os ímpios, mas para aqueles que se dizendo cristãos, irmãos na fé, agem como se fossem incrédulos. E pelos frutos de um testemunho nocivo se identificam com os ímpios.

Já ensinava o Senhor Jesus que é pelos frutos que se identifica a qualidade da árvore. A questão não é apenas não produzir maus frutos, mas produzir bons frutos. Em outras palavras, a boa árvore deve produzir bons frutos.

Inúmeras vezes o cristão é confrontado com a vontade do Senhor e, sempre que perguntado, responde "sim". Seja por ocasião da profissão de fé, seja na celebração da Santa Ceia, na hora da bênção matrimonial ou da consagração do filhinho pelo batismo. Profere o seu "sim", mas passado algum tempo talvez nem se lembre do que prometeu.

A sociedade em geral e a Igreja em particular, mais do que nunca, necessitam de gente que não esqueça os compromissos assumidos em prol do bem-estar comum, gente que aja com desprendimento e dedicação em nome de Jesus. Afinal a vida cristã não se resume em não fazer o mal, mas na prática constante do bem.

"Quem comigo não ajunta, espalha", disse o Mestre. Ora, um cristão sincero e dedicado ao Senhor não espalha, ao contrário, ajunta. E isto exige de nós uma autodisciplina, não só no sentido de deixarmos de fazer aquelas coisas que prejudicam ao nosso semelhante, mas, acima de tudo, de fazermos aquilo que nos identifica com Cristo Jesus.

Rev. Eudes

domingo, 3 de março de 2002

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

ANO LIX - Domingo, 03 de março de 2002 - No 2940

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

"Livra os que estão sendo levados para a morte,
e salva os que cambaleiam..." Pv 24.11

Enquanto alguns comemoram o Dia Internacional da Mulher em 08 de março, a realidade feminina mostra-se rude e desesperadora em muitos lugares do planeta. Longe das flores e das homenagens, mulheres de várias regiões do mundo são escravizadas e até martirizadas diante dos olhos das sociedades em que vivem. Conheça alguns dados:

* Mais de 5000 mulheres asiáticas são assassinadas a cada ano porque seus dotes para o casamento são considerados inadequados;
* Uma em cada 5 mulheres no mundo é abusada sexualmente durante sua vida;
* No mundo, dois terços dos que não sabem ler nem escrever são mulheres;
* Mais de 6000 mulheres no mundo sofrem, por dia, mutilações em seus órgãos genitais;
* Mais de 55% dos suicídios praticados por mulheres ao redor do mundo ocorrem na China, sendo que somente 21% da população feminina mundial vive ali.

E no Brasil?

A mulher brasileira vive à mercê da violência. Os dados são das Delegacias da Mulher, mas estima-se que correspondam a apenas 10% das ocorrências reais. 23% das brasileiras estão sujeitas à violência no lar. Só no Rio de Janeiro 170 mulheres, em média, são agredidas em suas próprias casas todos os dias. Um terço das internações de mulheres em unidades de emergência no Brasil é conseqüência da violência doméstica.

Esta é uma condição gerada por uma sociedade que tem Deus nos lábios, mas longe do coração. Sociedade que mantém a mulher e seus filhos em um cárcere espiritual e psicológico. É o pecado, legalizado ou clandestino, que cega culturas e escraviza mulheres. Essas mulheres precisam saber que Deus as ama e que se importa profundamente com suas vidas, seus sonhos e suas esperanças.

A Rádio Trans Mundial, uma emissora evangélica, decidiu ir ao encontro das mulheres sofredoras com o Projeto Ana, que atua em duas frentes. Uma é levantando pessoas que orem por essas mulheres, que as defendam e as protejam. A outra é levando a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo até a mulher sofredora para que ela se sinta valorizada e tenha forças para transmitir a seus filhos fé, sabedoria e amor. O Projeto Ana tem a direção internacional da brasileira Marli Spieker e deve ser implantado no Brasil ainda este ano.

(Extraído de um comunicado da Rádio Trans Mundial)

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.