ANO LIX - Domingo, 24 de fevereiro de 2002 - No 2939
CRENTE E A ORAÇÃO
"Oração é o derramar sincero, consciente e afetuoso da alma diante de Deus por meio do Senhor Jesus Cristo, na graça do Espírito Santo", disse John Bunnyan, famoso autor de "O Peregrino". Esta é uma definição sucinta da prática da oração. Em outras palavras, orar é reconhecer o senhorio de Deus e a nossa inteira dependência dEle.
As páginas das Escrituras revelam o lugar que a oração ocupa na vida dos fiéis. A vida cristã não pode ser mantida sem ela. É o seu fôlego vital. É vital por causa da relação que existe entre o crente e Deus. Vivemos por fé e não por visão (II Co 5.7). Deixando de orar, o crente nega por omissão a soberania de Deus na sua vida. O crente que não ora entristece a Deus (Is 43.19-22); desobedece ao Senhor (I Ts 5.17); comete pecado (I Sm 12.23).
Li em algum lugar que, " tudo em nossa experiência religiosa depende de oração: a fé, pela qual o espírito humano lança mão das verdades do mundo invisível; a obediência, que se manifesta em nosso andar diário com Deus; a paciência, que é manter esperanças ainda irrealizadas; o amor, que controla a nossa natureza e nos introduz a um novo mundo de gentilezas e fraternidade; a santidade, que é conformidade com o caráter de Cristo."
A oração parte do fato de que Deus e o homem são seres distintos e pessoais. Não pode haver oração sem admitir essa realidade. Em Mt 18.19 a palavra CONCORDAR etimologicamente significa "sinfonia", que é a combinação de sons dependentes de leis fixas. Jesus nos mostra aqui que a prática da oração exige duas condições: primeira, que a alma que ora esteja em união com o próprio Deus; segunda, aqueles que se reúnem em oração por causa de tal união, estejam também em harmonia uns com os outros.
Que maravilha! Quando oramos nos dirigimos ao Ser perfeito e eterno que ouve, acolhe e responde as orações de pecadores como nós. Contudo devemos nos lembrar de que a resposta de nossas orações depende de nossa obediência à Sua Palavra (Tg 1.21,22; 4.3-6).
Orar é uma bênção. E orar em favor de outros é o mais sublime privilégio e dever de todo crente. E não há ninguém que não possa faze-lo. Inclusive você.
Rev. Eudes