ANO LVIII - Domingo, 8 de abril de 2001 - No 2893
"SEMANA SANTA"
Esta semana, comumente chamada de "santa" é iniciada pelo "Domingo de Ramos". O título é uma alusão ao primeiro dia da semana em que Jesus, montado num jumentinho emprestado, entrou na cidade de Jerusalém sob os vivas de júbilo e festa da multidão.
Esta entrada triunfal marca o início da derradeira semana no ministério de Jesus. Os evangelhos dão, com detalhes, os discursos, obras e atividades de Jesus em Jerusalém nestes dias. A oposição dos líderes religiosos ao ministério de Jesus vai gradualmente transformando-se em oposição pessoal. Ele torna-se indesejável e seus opositores não descansam enquanto não encontram um meio de silenciá-lo.
Este enredo, conhecido de nós, repete-se em muitas vidas ainda hoje. Celebrar a Jesus no meio da multidão em festa é fácil. Participar das procissões, dos ajuntamentos, dos cultos lotados, entoando cânticos e bradando louvores Aquele que vem em nome do Senhor torna-se cada vez mais comum em nosso país.
Mas "suportar" as exigências da vida cristã é, por muitas vezes, algo incômodo. A pessoa de Jesus é um testemunho constante da vontade santa e divina para o homem. E o incômodo surge porque nem sempre o homem deseja saber da vontade de Deus para si mesmo. Ele não quer saber porque não quer obedecer. Logo, a presença de Jesus torna-se insuportável. Resistir aos seus ensinos é demonstrar repúdio à sua pessoa. Jesus foi o único cuja vida e ensino eram uma coisa só.
No meio do burburinho dos festejos, pensemos seriamente sobre nossa própria atitude para com o Messias. Qual é o lugar que, de fato, Ele ocupa em nossa vida? Não estaríamos hoje no meio dos festejos, para amanhã, tacitamente rejeitá-Lo?
Rev. Márcio