ANO LVIII - Domingo, 27 de agosto de 2000 - No 2861
ADORAÇÃO, PRIVILÉGIO SUPREMO
No livro do Apocalipse é registrado um momento glorioso na vida do apóstolo João e uma ordenança angelical. O momento glorioso: João havia sido contemplado por Deus com a visão de acontecimentos extraordinários reservados para o futuro da humanidade. Um anjo, um mensageiro de Deus, tinha sido o condutor do velho apóstolo nesse passeio escatológico. Ao final das revelações, João - num misto de gratidão e temor - cai aos pés do anjo com o intuito de adorá-lo. Impedindo o apóstolo de um gesto impensado, o anjo o adverte e ordena: ADORA A DEUS!
Creio que nisto todos nós concordamos: somente Deus é digno de adoração. Somente ao Eterno devemos dar culto. Mas quando chegamos na prática da adoração ou na forma de oferecer o nosso culto, surgem opiniões divergentes e argumentos contraditórios.
Em I Coríntios, falando sobre os limites da liberdade cristã, Paulo escreve no cap. 10, v. 31: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus".
A expressão TUDO é muito abrangente, é genérica. Isto também pode dar margem a especulações. Mas Paulo estabelece parâmetros e dá direção às suas palavras quando diz: "QUER COMAIS, QUER BEBAIS..."
Temos nós consciência de que até mesmo em atitudes tão simples e corriqueiras como comer e beber podemos prestar culto a Deus? A primeira conclusão a que chegamos é que o ato e a forma de adoração vão além do recinto do templo; vão além da ordem litúrgica!
Paulo não estabelece regrinhas, mas princípios. Ele vai mais longe quando diz: "OU FAÇAIS OUTRA COUSA QUALQUER" ! Em outras palavras, a vida do servo de Deus deve ser uma vida de adoração.
Rev. Eudes