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domingo, 25 de junho de 2000

OS BENS E O SENTIDO DE POSSE

ANO LVIII - Domingo, 25 de junho de 2000 - No 2852

OS BENS E O SENTIDO DE POSSE

Somos induzidos diariamente pela mídia a ter, conquistar, possuir. Na sociedade sem Deus a pessoa humana é medida pelo que tem, e não pelo que é. Há muita confusão entre ter e ser.

No bojo da mensagem do valor humano pela possessão está a idéia do vale tudo (os fins justificam os meios). E agregado está o conceito de individualidade (é problema meu o que eu faço com o que é meu; ninguém tem nada a ver com o que eu tenho nem como tenho; e por extensão, nem Deus!).

Afinal de contas, de quem é o que possuímos? Ageu 2.8 diz que tudo pertence a Deus. O povo estava desanimado com a aparência do templo, quando foi surpreendido com esta afirmação do Senhor. Mais uma vez, o Senhor está mostrando que é impossível ao homem alcançar o padrão divino sem uma concepção correta de posses. Levíticos 25.23, mostra aqui que Deus é ainda mais enfático quanto à Sua prerrogativa sobre os bens (ou posses). Nada pode ser negociado definitivamente pois o único proprietário, na realidade, é Deus.

Não há nenhum mal em querer alguma cousa útil, nobre ou valiosa. Mas o problema reside na cobiça. A obsessão de ter (possuir) entra em conflito com a Palavra. Ex 20.17, o 10o mandamento, é contra toda e qualquer forma de ambição pelo que não é nosso. Inveja das posses de outrem ou até mesmo o fato de não conseguirmos nos conter dentro de um shopping ou de um supermercado, no desejo de possuir, é cobiça. Tg 4.1-3 mostra que esse problema é tão sério para o ser humano, que o apóstolo associa as guerras, a opressão e o desejo incontrolável de possuir coisas , com o pecado da cobiça.

Colocando-nos em confronto com a verdade, Rm 6.16-18,22 nos posiciona claramente na condição de servos. A questão é, de quem somos servos? Da cobiça, da obsessão incontrolável de possuir? Sim, porque podemos nos tornar servos e não donos daquilo pelo que nos matamos para possuir. Agora, se somos servos do Deus Altíssimo tudo que "temos" é colocado a Seu serviço porque, em verdade, a Ele pertence. E nisto reside a virtude de ter - cuidamos e desfrutamos daquilo que Ele nos permite "possuir".
Praticar a mordomia cristã é privilégio de poucos. Participar destes poucos é nosso privilégio.

Rev. Eudes

domingo, 18 de junho de 2000

SERVO E SENHOR

ANO LVIII - Domingo, 18 de junho de 2000 - No 2851

SERVO E SENHOR

Olhando o aspecto gráfico, a impressão, parece-nos mera coincidência. Uma simples inversão nos números de capítulos e versículos no Evangelho de Mateus nos revela algo poderoso das escrituras.

Vejamos primeiramente Mateus 20:28 - "tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".

Jesus se apresentou nos evangelhos como o Filho do Homem. Esse nome era compreendido pelos judeus que o esperavam como aquele que viria resgatar a autonomia de Israel e libertar o seu povo do domínio de povos estrangeiros pagãos. O título "Filho do Homem", expressa grandeza, poder, autoridade e dominação. E Jesus está dizendo que o Filho do Homem não se colocaria acima das pessoas como digno de glória e admiração. Pelo contrário, serviria e daria a sua vida em resgate de muitos.

A morte é sinal de derrota para nós, e o era também naquela época. Ser vencido por ela não combinava com a esperança depositada no Filho do Homem. Mas Ele viria para dar a sua vida voluntariamente para resgatar muitas pessoas.

Invertamos a ordem dos números. Passemos agora para Mateus 28:20: "E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do séculos".

Essa frase final, o poslúdio do evangelho de Mateus, nos apresenta uma das promessas maio preciosas contidas nos evangelhos. A companhia de Jesus em todo o tempo e em qualquer lugar onde estivermos.

A inversão numérica nos remete para uma relação espiritual: Jesus, o Filho do Homem que se deu, o servo que se humilhou, o varão que se rebaixou, é o mesmo que hoje está, de pé, vivo, conosco, todos os dias. Isso é um atributo divino: estar em todo lugar, todo o tempo, para sempre. Não somente durante os fugidio dias de nossa vida terreal, mas até quando os séculos chegarem ao seu fim e entrarmos na glória por toda a eternidade.

O Filho do Homem, de 20:28 é o Deus homem glorificado de 28:20. A entrega de então foi o caminho para a companhia de agora; a humilhação lá é a certeza do amparo aqui. O serviço cumprido é a razão da glória hoje prestada: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mt. 28:18).

A vida de Cristo é exemplo para nós.
"Mas o que se humilha, será exaltado" (Lucas 18:14)

Rev. Márcio

domingo, 11 de junho de 2000

ATITUDE E COMPROMISSO

ANO LVIII - Domingo, 11 de junho de 2000 - No 2850

ATITUDE E COMPROMISSO

Atitude pode ser entendida como pose, postura, posição, propósito ou procedimento. Uma postura corporal que manifesta um estado emocional; uma disposição de ânimo; um modo de agir, sentir ou pensar que demonstra opinião pessoal. Compromisso significa obrigação, promessa, acordo, pacto, garantia. Em outras palavras, compromisso é abrir mão de interesses estritamente pessoais em favor de um interesse comum; é estabelecer um acordo de mútua participação.

Com estas definições em mente, analisemos de modo sucinto o comportamento de um profeta e do povo em determinado momento histórico de Israel, conforme registrado no capítulo 18 de I Reis. O v. 15 nos revela em Elias um homem de atitude correta e compromisso consciente. O v. 21 na frase "Porém o povo nada lhe respondeu" aponta para uma omissão silenciosa coletiva. No v. 24 há uma concordância passiva na declaração popular - "É boa esta palavra". E no final do evento o povo se manifesta numa emoção exacerbada: "O que vendo todo o povo, caíram de rosto em terra, e disseram: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! (v. 39).

Por estranho que pareça, os exemplos do passado não são suficientes para corrigir o nosso comportamento no presente. Há muito crente por aí numa sufocante omissão silenciosa; outros, animadinhos, mas em inativa anuência; alguns ainda buscando emoções exacerbadas (necessitam ver sinais e prodígios para crer ou para confirmar sua crença).

Contudo, e louvado seja Deus, outros há que exprimindo em palavras e ação uma atitude coerente entre fé e vida, assumem um compromisso consciente com Cristo e sua Igreja. Exemplo disto temos hoje, entre nós, quando três irmãos se colocam no altar de Deus para ordenação e investidura no ofício diaconal. Agradecendo ao Senhor por essas vidas tão preciosas, rogamos a Ele que os assista na firmeza de suas atitudes e na fidelidade dos seus compromissos.

Rev. Eudes

domingo, 4 de junho de 2000

COMIGO NINGUÉM PODE

ANO LVIII - Domingo, 04 de junho de 2000 - No 2849

COMIGO NINGUÉM PODE

Uma das necessidades humanas comprovadas pela psicologia, é a necessidade de poder. Todos nós precisamos perceber que temos influência sobre alguém ou alguma coisa. Somos capazes de decidir comprar um produto e nos sentimos satisfeitos em poder levá-lo para casa conosco. Autorizamos ou não um filho a sair com os amigos para o cinema, ou ir em uma programação cultural da escola.

Esta necessidade é útil para mover o ser humano em direção a uma atitude ativa e responsável na sociedade.

Porém, o desvirtuamento desta necessidade manifesta-se na sede de poder. Neste sentido a história da humanidade tem registrado o abuso de autoridade dos regimes autocráticos e a conduta exclusivista e manipuladora de homens que defendem a purificação de um raça em detrimento do extermínio de outra.

Mal maior é visto quando esta atitude se manifesta na vida espiritual, em nosso relacionamento com Deus. Aí está o cerne de todo pecado. Foi por querer ser igual a Deus que o anjo de luz foi precipitado do céu para o inferno. O orgulho, em sua forma mais genuína e pura, pode ser definido como o desejo de possuir e manifestar atributos que pertencem somente ao Onipotente. Ele, e somente Ele, é o Todo-Poderoso, e por isso mesmo Lhe pertencem o domínio, o governo, e o poder sobre todas as coisas.

O cristão, ciente destas verdades, não vai eliminar de sua vida a necessidade de exercer poder sobre alguém ou alguma coisa. Contudo, no seu relacionamento com Deus compreenderá o privilégio de trabalhar na Sua obra aqui na terra.

Deu nos fez seu parceiros, quando nos salvou das trevas e nos trouxe para sua Luz maravilhosa. Nesta parceira, recebemos autoridade divina para realizar a Sua vontade, e não a nossa. Somos meramente instrumentos, capacitados por Ele mesmo, para que Sua Glória e Seu poder sejam manifestos neste mundo.

E não existe maior glória para o ser humano que esta. Ser instrumento nas mãos do Deus Eterno.

Rev. Márcio

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.