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domingo, 30 de abril de 2000

TRABALHO: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS

ANO LVII - Domingo, 30 de abril de 2000 - No 2844

TRABALHO: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS

Amanhã comemora-se o Dia do Trabalho. A história registra que, desde o início da humanidade, a atividade produtiva do ser humano teve a finalidade de garantir a sua própria sobrevivência e transformar a natureza numa produção cultural.

Após a Revolução Industrial, processo de mecanização da produção iniciado na Inglaterra no século 17, o trabalho assalariado passou a regular as relações entre trabalhadores e empresários. Estas relações tem alimentado as grandes manifestações em prol do trabalho, justificando a existência um dia no ano para isso.

Foi por causa do trabalho que o homem viu surgirem as grandes cidades em torno das fábricas, as invenções tecnológicas possibilitarem o uso da máquina pra transportar pessoas de um lugar para outro, a energia elétrica possibilitando o trabalho noturno e facilitando as lidas do lar com os "eletrodomésticos".

Segundo especialistas, nos próximos anos "trabalho" e "emprego" não serão mais sinônimos. Afirmam eles que o "fim do emprego" levará as pessoas a terem trabalho sem vínculo com as instituições.

De qualquer forma, o trabalho continua na sociedade atual e sua associação com o ser humano parece cada vez mais forte e endossável.

Para o cristão o trabalho sempre foi um privilégio e uma responsabilidade. Privilégio no sentido de permitir ao homem criar oportunidades de contribuir com a sua geração construindo um mundo melhor e transformando as relações entre as pessoas. A responsabilidade relativa ao trabalho repousa na forma de utilizá-lo como meio de sua exploração a serviço do interesse de instituições.

O evangelho faz as pessoas considerarem sua responsabilidade social com o trabalho, e entenderem que sua vocação e vida profissional é um mandato divino para fazerem deste mundo uma sociedade mais igualitária e mais humana.

Rev. Márcio

domingo, 23 de abril de 2000

PÁSCOA: COELHO OU CORDEIRO?

ANO LVII - Domingo, 23 de abril de 2000 - No 2843

PÁSCOA: COELHO OU CORDEIRO?

A celebração de Páscoa é marcada atualmente por uma forte ênfase comercial. Chocolates fabricados em diversas formas são trocados entre pessoas para alegria da criançada. O coelho é associado como o doador da guloseima esperada nesta época.

Esses e outros costumes culturais, a maioria dos quais importados de outras terras, não seriam nocivos em si mesmos caso seu uso não substituisse o vrdadeiro significado e simbolismo da Páscoa.

Tanto o coelho quanto o chocolate tem sua razão de estarem tão presentes numa celebração da Páscoa. Mas interessa-nos recordar as verdadeiras razões desta festa de cunho religioso.

A Páscoa foi originalmente instituida quando da saída dos hebreus do Egito. Na noite da última praga divina sobre Faraó e seu povo, todos os hebreus deveriam imolar um cordeiro novo, sem defeito nem mácula, esparramar parte do seu sangue sobre os portais de suas casas, assá-lo e comê-lo de pé, acompanhado de ervas amargas. As casas manchadas pelo sangue do puro cordeiro foram poupadas da morte naquela noite, conforme o mandamento divino.

Quando tudo isso aconteceu, a alegria pela preservação da vida foi aumentada pelas riquezas que os hebreus tiraram dos seus vizinhos antes de deixarem a terra. Deus tinha dado vida, alegria e riqueza em um momento de luto, dor e morte.

Séculos depois o significado da Páscoa seria ampliado para todos os povos. O Cordeiro de Deus tirou o pecado do mundo quando morreu na cruz e o seu sangue foi espalhado sobre o madeiro. A morte, pagamento justo e merecido do pecado de todos os homens, é retirada daqueles que participam deste sacrifício pela fé. "O sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo o pecado". Não apenas somos livres da morte como temos acesso à nova vida mediante a ressurreição de Jesus. Recebemos das riquezas eternas, bem como da alegria pela companhia de um redentor vivo e presente em nossas vidas.

A Páscoa verdadeira foi protagonizada por um cordeiro. O cordeiro de Deus, Jesus. Ele é o vencedor do pecado, da morte e do inferno, e oferece esta mesma vitória àqueles que unem-se a ele pela fé.

Esse é o brado dos que experimentaram a verdadeira páscoa: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?"

Rev. Márcio

domingo, 16 de abril de 2000

RAMOS: CELEBRAÇÃO OU EMPOLGAÇÃO?

ANO LVII - Domingo, 16 de abril de 2000 - No 2842

RAMOS: CELEBRAÇÃO OU EMPOLGAÇÃO?

No calendário litúrgico o "Domingo de Ramos" refere-se à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém no primeiro dia daquela que seria sua derradeira semana. Sob vivas de júbilo e perante uma multidão em festa, a população da cidade e os discípulos presenciaram a cena de um homem aclamado e bendito como aquele que viera em nome do Senhor. Uma referência messiânica atribuída àquele nazareno montado em um jumentinho.

Esta mesma multidão gritaria eufórica novamente, apenas seis dias depois, para que Jesus fosse condenado à morte de cruz. O que teria acontecido naquele curto espaço de tempo nos leva a questionar a experiência do domingo fora verdadeira adoração ou pura empolgação.

De qualquer forma, fica evidente a inconstância do ser humano no trato de questões importantes que dizem respeito à sua própria vida.

Será que o mesmo ainda acontece em nossos dias? Poderíamos vislumbrar, ao final do século XX, um cenário onde as pessoas continuam mudando de posição tão rapidamente em relação às coisas espirituais?
Hoje vemos grandes manifestações públicas de alegria onde os cantores, a música, o aparato eletrônico, as "ginásticas aeróbicas", os refletores, o palco e todo o contexto conduzem as pessoas a uma manifestação extasiada de suas emoções. A julgar pelas horas passadas num ambiente assim, diríamos que ali existe real adoração e louvor a Jesus, quase numa reprodução do acontecido naquele domingo de Ramos.

Mas nem é preciso passarem-se os seis dias para que uma triste mudança ocorra. Esta multidão reúne-se novamente para cuspir no rosto de Jesus e desprezá-lo como um criminoso. Fazem isso nas reuniões onde entregam-se às drogas, lícias ou não, às músicas frenéticas, à dança sensual, às luzes multicoloridas que convidam aos prazeres, ao sexo ilícito, às arruaças e à irresponsabilidade.

A adoração verdadeira, que pode existir num momento público e eufórico, se confirma na vida dedicada à devoção, à prática do amor, ao cumprimento de suas responsabilidades civis, ao bom uso de suas emoções, ao cuidado no falar, à alegria comedida, à fidelidade ao Senhor. Estas atitudes não se encontram na empolgação, mas sem elas não existe adoração.

Rev. Márcio

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ARQUIVO DE ARTIGOS E PUBLICAÇÕES DA IPVM

Este arquivo contém parte da memória da IGREJA PRESBITERIANA DE VILA MARIANA publicada ao longo de vários anos em capas de boletins, encartes e outros meios, aos poucos resgatados e acessível a todos através deste blog.

SUGESTÕES DO CANTINHO CULTURAL

  • LIVRO: GOTAS DE AMOR PARA A ALMA. AUTOR: Rev. Hernandes D. Lopes. ASSUNTO: mensagens diárias para edificar sua vida, consolar-lhe o coração, fortalecer-lhe a fé. Não são textos de autoajuda, mas falam do auxílio divino.
  • LIVRO: TOQUE O MUNDO POR MEIO DA ORAÇÃO. AUTOR: Wesley L. Duewel. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: este livro sugere planos passo a passo para elaborar listas de oração, organizar círculos de oração e retiros de oração para os cristãos que tem a incumbência de orar pela salvação e bênçãos das pessoas.
  • LIVRO: TODO FILHO PRECISA DE UMA MÃE QUE ORA. AUTORES: Janet K. Grant e Fem Nichols. EDITORA: Hagnos. ASSUNTO: Uma mãe que ora pode ter um impacto tremendo na vida de seus filhos, este livro mostra como envolver e apoiar sua família através da oração persistente e eficaz. Você aprenderá a perseverar em oração e a usar a Bíblia para guiá-la nesta tarefa.